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Política

- Publicada em 13 de Julho de 2018 às 01:00

Lula é absolvido da acusação de tentar obstruir a Justiça

O juiz federal substituto Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, absolveu, nesta quinta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-senador petista Delcídio Amaral, o pecuarista José Carlos Bumlai, o banqueiro André Esteves e outras três pessoas da acusação de obstrução de Justiça envolvendo a suposta tentativa de Delcídio de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que acabou fechando acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2015.
O juiz federal substituto Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, absolveu, nesta quinta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-senador petista Delcídio Amaral, o pecuarista José Carlos Bumlai, o banqueiro André Esteves e outras três pessoas da acusação de obstrução de Justiça envolvendo a suposta tentativa de Delcídio de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que acabou fechando acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2015.
Trata-se da primeira absolvição do ex-presidente na Lava Jato, mais de dois anos após a denúncia apresentada contra ele pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot. 
Em 2015, o filho do ex-diretor da Petrobras Bernardo Cerveró chegou a gravar as conversas com o então senador na qual teria sido acertado o pagamento de R$ 50 mil mensais com o apoio do banqueiro André Esteves para evitar que Cerveró fizesse a delação ou mesmo revelasse fatos envolvendo Delcídio.
O episódio levou à prisão de Delcídio Amaral naquele ano, que foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão foi autorizada pelo Senado. Delcídio foi solto após fechar um acordo de delação, mas acabou tendo o mandato cassado.
Com a perda do mandato, o caso foi para a primeira instância, na Justiça Federal de Brasília. A decisão de absolver Lula e Esteves já era esperada, uma vez que a própria Procuradoria da República no DF havia pedido a absolvição dos dois por entender que não há provas de que eles teriam participado da tentativa de comprar o silêncio de Cerveró.
O procurador Ivan Cláudio Marx, porém, pediu a perda dos benefícios do acordo de colaboração e a condenação de Delcídio Amaral, do advogado Edson de Siqueira Ribeiro Filho e os demais denunciados: Maurício Barros Bumlai, José Costa Barros Bumlai e o ex-chefe de gabinete de Delcídio Diogo Ferreira Rodriguez. No caso de Rodriguez, que também fez delação, o Ministério Público Federal defendeu que benefícios decorrentes da colaboração deveriam ser mantidos. Todos os sete denunciados originalmente, porém, foram absolvidos.
Para o procurador, ao contrário do que afirmou Delcídio Amaral - tanto na colaboração quanto no depoimento dado à Justiça -, o silêncio de Cerveró, que à época cumpria prisão preventiva, não foi encomendado ou interessava a Lula, mas sim ao próprio senador.
Na decisão desta quinta-feira, porém, o juiz Ricardo Leite entendeu que os elementos juntados pela investigação e ao longo da ação penal, em que foram ouvidas testemunhas, delatores e os investigados, não permitiu reunir provas suficientes para condenar ninguém.Também foram absolvidos nesse processo o ex-chefe de gabinete de Delcídio Diogo Ferreira; o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro; e Maurício Bumlai, filho do pecuarista.
 
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