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Política

- Publicada em 05 de Julho de 2018 às 01:00

Executivos da Philips e da GE são presos pela PF

Daurio Speranzini, da GE, é conduzido por agente da Polícia Federal

Daurio Speranzini, da GE, é conduzido por agente da Polícia Federal


/ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOLHAPRESS/JC
A Operação Ressonância, desencadeada ontem, em ação conjunta envolvendo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF), prendeu o ex-presidente da Philips Medical Systems no Brasil e atual presidente e CEO da GE para a América Latina, Daurio Speranzini Júnior. Também foi preso o executivo da Philips Frederik Knudsen, além de outras 21 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de fraudes em contratos e licitações para fornecimento de equipamentos médicos e hospitalares no âmbito da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro e do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).
A Operação Ressonância, desencadeada ontem, em ação conjunta envolvendo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF), prendeu o ex-presidente da Philips Medical Systems no Brasil e atual presidente e CEO da GE para a América Latina, Daurio Speranzini Júnior. Também foi preso o executivo da Philips Frederik Knudsen, além de outras 21 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de fraudes em contratos e licitações para fornecimento de equipamentos médicos e hospitalares no âmbito da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro e do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).
Desencadeada a partir de investigações e dados colhidos na Operação Fratura Exposta, que levou à prisão de Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do governo Sérgio Cabral (MDB), a nova operação é um desdobramento desta, na qual órgãos de controle como o Conselho de Defesa Administrativa (Cade), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) identificaram um cartel de fornecedores que atuou entre os anos de 1996 e 2017 no Into.
A operação de hoje contou com a participação de cerca de 180 agentes federais, para cumprir 13 mandados de prisão preventiva, nove mandados de prisão temporária, e 43 mandados de busca e apreensão em cinco estados da Federação: Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e Distrito Federal. Segundo informações do Ministério Público, do total de 22 mandados de prisão, 20 foram cumpridos, e apenas dois não foram levados adiante, porque os envolvidos se encontram fora do País.
Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que também determinou a intimação do ex-secretário de Saúde do Rio, que, no entanto, não foi localizado em sua residência na Lagoa, Zona Sul. Côrtes foi preso em abril de 2017, mas obteve habeas corpus em fevereiro deste ano por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.
Na ação de ontem, foram investigadas 37 empresas e a possibilidade de envolvimento das mesmas em crimes de formação de cartel objetivando manipular valores e direcionar os vencedores em licitações, corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro - e que, segundo o MPF, opera no estado desde 1996. A Justiça Federal também decretou o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 1,2 bilhão.
Os agentes envolvidos na operação cumpriram ainda mandados de busca e apreensão em 44 diferentes endereços, inclusive nos prédios da Philips e da Johnson & Johnson do Brasil, realizando ainda a prisão do supervisor de vendas da Philips à época dos fatos investigados e atual gerente de contas estratégicas da empresa, Frederik Knudsen.
O procurador da República Felipe Bogado disse que o grupo promoveu "uma verdadeira apropriação privada dos serviços de saúde pública no estado do Rio de Janeiro, principalmente no Into e na Secretaria de Saúde". 
A reportagem manteve contato com a GE, que informou estar preparando uma resposta à imprensa. Com a Philips Medical Systems não foi conseguido contato.
 
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