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Política

- Publicada em 27 de Junho de 2018 às 21:50

Grupo lança movimento em defesa da democracia

Aires leu a carta de criação do movimento

Aires leu a carta de criação do movimento


RUBEM ROCHA/DIVULGAÇÃO/JC
Bruna Suptitz
Preocupado com o ambiente de violência em torno de assuntos políticos, com vistas às eleições de outubro, o juiz de Direito Luiz Cristiano Aires defende que o diálogo prevaleça nos debates em qualquer âmbito da sociedade. Ele é um dos integrantes do Movimento Democracia, Diálogo e Diversidade, formado por representantes de diversos setores, como pequenos e médio empresários, servidores públicos, professores e religiosos, entre outros.
Preocupado com o ambiente de violência em torno de assuntos políticos, com vistas às eleições de outubro, o juiz de Direito Luiz Cristiano Aires defende que o diálogo prevaleça nos debates em qualquer âmbito da sociedade. Ele é um dos integrantes do Movimento Democracia, Diálogo e Diversidade, formado por representantes de diversos setores, como pequenos e médio empresários, servidores públicos, professores e religiosos, entre outros.
Na noite de ontem, um ato no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa formalizou o lançamento do grupo, que tem a proposta de se apresentar para a população como "um elemento catalizador do diálogo e do processo democrático", na palavras de Aires. Ele aponta o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como momento a partir do qual "se começou a constatar uma série de processos de legalidade bastante duvidosa".
Jornal do Comércio - O que levou à criação o movimento?
Luiz Cristiano Aires - O que nos levou a buscar catalisar uma série de pessoas e de forças para trabalhar essa questão da democracia foram os impactos que esta vem sofrendo ao longo do tempo, por conta de algumas condutas que fragilizaram o sistema de garantias da Constituição de 1988, além da violência nas próprias relações entre pessoas, partidos e instituições. Isso tem nos assustado muito, certamente impedirá que possamos atingir todos os objetivos que a nação brasileira se propôs (na Constituição), que é gerar um desenvolvimento capaz de incluir os cidadãos e as cidadãs numa vida que seja mais digna para todos.
JC - Quando se refere a condutas, qual mais preocupa os integrantes do movimento, que os levou a se organizarem?
Aires - Tivemos uma série de episódios ao longo do tempo, tendo início com o processo de impeachment, desenvolvido no Congresso Nacional, e que hoje fica muito claro quais eram os interesses por trás do impedimento da presidente Dilma. A partir daí, se começou a constatar uma série de processos de legalidade bastante duvidosa, com forças policiais exercendo, sem muito limite, a força e o monopólio do Estado. Lembro que, logo em seguida ao episódio do impeachment, um palhaço foi preso em Santos (SP), porque estava em uma praça falando mal do governo. Depois, houve censuras, conflitos a respeito de mostra de museu, violência no espaço da política, uso da força por cidadãos contra outros devido a posições político-partidárias. Isso é o nascedouro de uma instabilidade muito grande e que pode por em xeque o próprio desenvolvimento do País.
JC - Como o movimento vai atuar no período eleitoral e como vai dialogar com a população?
Aires - Nossa expectativa é  ser um elemento catalizador do diálogo e do processo democrático. Significa que vamos, de alguma maneira, tentar impedir que o pleito seja marcado pela violência e pelo debate irrazoável sobre as questões do País. Precisamos entender que, num processo democrático, é preciso, da forma mais ampla possível, se permitir a todos e a todas que exerçam a sua voz, que possam levar as suas propostas em paz e atingir o maior número de pessoas possível.
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