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Política

- Publicada em 28 de Junho de 2018 às 01:00

Marco Aurélio critica a 'manipulação da pauta'

Marco Aurélio Mello é relator de duas ações sobre o tema no STF

Marco Aurélio Mello é relator de duas ações sobre o tema no STF


CARLOS MOURA/SCO/STF/JC
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou, nesta quarta-feira, o que considerou manipulação da pauta da corte por parte da presidente, a ministra Cármen Lúcia. Ele é o relator de duas ações que tratam da possibilidade condenados por tribunais de segunda instância serem presos, mesmo que ainda tenham o direito de recorrer a outras instâncias do Judiciário. Os processos foram liberados para julgamento em dezembro do ano passado, mas não chegaram a ser incluídos na pauta do plenário.
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou, nesta quarta-feira, o que considerou manipulação da pauta da corte por parte da presidente, a ministra Cármen Lúcia. Ele é o relator de duas ações que tratam da possibilidade condenados por tribunais de segunda instância serem presos, mesmo que ainda tenham o direito de recorrer a outras instâncias do Judiciário. Os processos foram liberados para julgamento em dezembro do ano passado, mas não chegaram a ser incluídos na pauta do plenário.
"A ministra Cármen Lúcia, que define a data para julgamento, está com a palavra. Sem dúvida alguma, tempos estranhos. Estou aqui há 28 anos, e nunca vi manipulação da pauta como esta", declarou o ministro.
A presidente alega não haver necessidade de se discutir o assunto, já que o mesmo plenário do STF definiu, em 2016, a regra do início do cumprimento das penas depois da condenação em segunda instância. Desde então, houve mudança no entendimento de alguns ministros, por isso um grupo no tribunal defende o novo julgamento do tema. Para Marco Aurélio, se houvesse nova decisão, não haveria divergência de posicionamento entre a Primeira e a Segunda Turma do tribunal, cada uma composta por cinco ministros.
"Não teríamos o descompasso entre as duas turmas (se a ação sobre segunda instância fosse julgada em plenário). A divergência eu rotulo como intestina, que maior descrédito ocasiona ao Judiciário", afirmou.
Em caráter reservado, ministros da Segunda Turma STF criticaram o colega Edson Fachin de usar "mecanismos para suprimir a competência do colegiado", classificando o expediente como forma de "manipular" os julgamentos. Os comentários se referem à decisão do relator da Lava Jato de levar determinados casos ao plenário. O último deles foi o pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As críticas a Fachin foram feitas nesta quarta-feira, um dia depois de ele sofrer repetidas derrotas em decisões da 2ª Turma para soltar presos da Lava Jato, entre eles José Dirceu (PT). Fachin foi voto isolado contra a maioria, formada por Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
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