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eleições 2018

- Publicada em 20 de Junho de 2018 às 21:41

PPS decide apoiar tucano Eduardo Leite ao Piratini

Leite lembrou que se elegeu prefeito de Pelotas em 2012, em uma coligação com o PPS

Leite lembrou que se elegeu prefeito de Pelotas em 2012, em uma coligação com o PPS


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Minutos depois de o presidente estadual do PPS, César Baumgratz, anunciar que o partido vai apoiar o pré-candidato ao governo do Estado Eduardo Leite (PSDB) nas eleições de outubro, o tucano apareceu na sede da nova legenda aliada. Leite foi até o prédio, na Cidade Baixa, lotado devido à reunião do diretório estadual do PPS, para agradecer pessoalmente a decisão da sigla. 
Minutos depois de o presidente estadual do PPS, César Baumgratz, anunciar que o partido vai apoiar o pré-candidato ao governo do Estado Eduardo Leite (PSDB) nas eleições de outubro, o tucano apareceu na sede da nova legenda aliada. Leite foi até o prédio, na Cidade Baixa, lotado devido à reunião do diretório estadual do PPS, para agradecer pessoalmente a decisão da sigla. 
A deputada estadual Any Ortiz - a liderança mais aclamada no encontro do PPS - avaliou que a coligação com os tucanos na chapa proporcional para a Assembleia Legislativa foi decisiva na hora de deliberar pelo apoio a Leite. "O que pesou muito na decisão foi a coligação na chapa proporcional. Definimos uma coligação entre o PPS e o PHS para deputado federal. Só que, na eleição para deputado estadual, essa coligação vai participar da nominata do PSDB", comemorou Any, que espera ampliar para duas cadeiras a representação do PPS no Parlamento gaúcho.
O PPS mantinha conversas com três pré-candidatos: Leite, Jairo Jorge (PDT) e o governador José Ivo Sartori (MDB). Entretanto, na fala dos delegados do partido - vindos de todo o Estado -, ficou claro que a militância se dividia entre Leite e Sartori. O problema é que mesmo os que indicaram simpatia pelo emedebista reclamaram do atraso no salário dos servidores públicos.
Um dos membros do diretório, por exemplo, lembrou que o PPS trabalhou para a eleição de Sartori em 2014, desde o primeiro turno do pleito. "Acho que o gringo (Sartori) está fazendo coisas que precisam ser feitas. Mas o parcelamento do salário dos servidores é um desrespeito. Tenho professores na família. Se eu defender o gringo lá em casa, eu apanho", brincou um dos delegados, sendo bastante aplaudido.
Outra liderança - que participou da campanha que elegeu Eduardo Leite para a prefeitura de Pelotas, em 2012 - depôs a favor do tucano. "É um homem honesto. Em tempos de Lava Jato, precisamos de um nome assim", sustentou, recebendo aplausos também.
Aliás, quando Baumgratz passou a palavra ao ex-prefeito de Pelotas, Leite lembrou que a aliança entre o PSDB e PPS não é nova para ele. "O PPS é um partido com quem já temos caminhado há um bom tempo. Lá em Pelotas, nossa chapa começou com o PSDB e PPS", comentou, ao falar para os militantes do PPS.
Ele também falou àqueles que manifestaram simpatia pelo governo Sartori: "Não vamos fazer uma campanha contra ninguém. O PPS e o PSDB ajudaram o Rio Grande do Sul nos últimos anos, participando do governo. Quando me cobram sobre isso, sempre digo que apoiamos um projeto de Estado, não o governo, nem o governador".
Uma vez decidido que estará com o ex-prefeito de Pelotas na corrida ao Palácio Piratini, o PPS deve entregar os cargos no governo Sartori. "Vamos procurar o governo, pretendo conversar com o Sartori. Mas, por meio dessa decisão (de apoiar Leite), o PPS coloca seus cargos à disposição", disse Any. O PPS tem atualmente ao menos 10 cargos na administração Sartori e faz parte do governo desde o início, em 2015. Entre eles, a Diretoria do Badesul, ocupada por Paulo Odone (PPS); e a Diretoria de Planejamento e Projetos Especiais da CEEE, ocupada pelo presidente da sigla.
Apesar da iminente entrega de cargos, a deputada garantiu que sua intenção "não é virar oposição (à gestão Sartori), até porque continuamos do mesmo lado ideológico". "Meu posicionamento é por apoiar os projetos que são importantes para o governo do Estado", arrematou.

Mário Bernd vai concorrer a vaga para o Senado na chapa

Na mesma reunião em que decidiu apoiar o pré-candidato ao governo do Estado Eduardo Leite (PSDB), o diretório estadual do PPS lançou o ex-deputado estadual Mário Bernd a uma das vagas de senador. O ex-deputado vai compor a chapa majoritária junto com Leite e o candidato a vice Ranolfo Vieira (PTB), que também esteve no encontro do PPS. A outra vaga para concorrer ao Senado ainda está aberta.
Bernd disse que é candidato "para mudar algumas questões que o Congresso precisa mudar". "Não podemos mais ter um Supremo (Tribunal Federal) que sirva a interesses políticos, por exemplo. Tenho um projeto que diz que ministro do STF tem que ser eleito pelas entidades ligadas ao juízo e com mandato de 8 anos", exemplificou. Presente na reunião do PPS, Eduardo Leite disse que, "mais uma vez, o partido de vocês nos dá uma contribuição importante, que é o candidato a senador, Mário Bernd".