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Política

- Publicada em 18 de Junho de 2018 às 11:38

Senado terá número recorde de candidatos à reeleição

Agência Estado
A eleição para o Senado neste ano deve ter um número recorde de candidatos em busca da reeleição. Dos 54 parlamentares eleitos em 2010, ao menos 35 deles ou 65% devem tentar renovar seus mandatos por mais oito anos. Levantamento mostra ainda que sete senadores não se decidiram sobre que cargo disputar, cinco vão concorrer a governos estaduais, outros cinco resolveram não se candidatar a nada e dois planejam trocar o Senado pela Câmara dos Deputados.
A eleição para o Senado neste ano deve ter um número recorde de candidatos em busca da reeleição. Dos 54 parlamentares eleitos em 2010, ao menos 35 deles ou 65% devem tentar renovar seus mandatos por mais oito anos. Levantamento mostra ainda que sete senadores não se decidiram sobre que cargo disputar, cinco vão concorrer a governos estaduais, outros cinco resolveram não se candidatar a nada e dois planejam trocar o Senado pela Câmara dos Deputados.
Na comparação com eleições anteriores, em que 2/3 das vagas do Senado também foram trocadas, o pleito de outubro terá o maior número de senadores tentando se reeleger dos últimos 24 anos. Dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostram que em 2010 a taxa de recandidaturas foi de 53,7% (29 parlamentares), em 2002 chegou a 61% (33) e, em 1994, ficou em 37% (20). Nesses anos foram eleitos dois senadores por Estado.
O resultado do levantamento confirma um retrato já observado em relação à Câmara. Em abril, o Estado revelou que ao menos 447 deputados (90%) vão tentar a reeleição, também número recorde. Isso quer dizer que, em tempos de Operação Lava Jato, fim das doações empresariais e redução do tempo de campanha, a renovação do Congresso pode ser menor.
A Lava Jato, especificamente, atingiu 24 senadores eleitos em 2010. Desse grupo, 70% ou 17 parlamentares vão buscar mais um mandato em outubro. Seriam os casos dos campeões de inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações da Odebrecht: o líder do governo de Michel Temer, Romero Jucá (MDB), e o ex-presidente do PSDB Aécio Neves.
Jucá deve concorrer ao quarto mandato consecutivo. Líder no Senado dos governos dos últimos quatro presidentes - Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer -, o emedebista terá de pôr à prova sua influência em Roraima e convencer o eleitorado de que as acusações contra ele, entre elas lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, são "armação" da Procuradoria-Geral da República, como costuma afirmar.
A vantagem de Jucá é que, diferentemente de Aécio Neves, ele precisaria convencer 120 mil eleitores para se reeleger. Roraima tem o menor colégio eleitoral do País, com 324 mil pessoas aptas a votar ou 0,22% do total. Já o tucano precisaria de 5 milhões de votos, em média, para ser reeleito em Minas - em 2010, obteve 7,5 milhões de votos.
Após ser gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da J&F, ver sua irmã presa e seu mandato sob risco, Aécio ainda avalia se disputará algum cargo na eleição. Atual presidente do PSDB e presidenciável do partido, Geraldo Alckmin já declarou que o melhor seria o senador se afastar das urnas - ele nega as acusações. A decisão, no entanto, ainda não foi tomada. Uma possibilidade cogitada é trocar o Senado pela Câmara, pelo risco menor de derrota.
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