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Política

- Publicada em 17 de Junho de 2018 às 22:00

'MDB não aceita a vice-presidência', diz Meirelles

Meirelles (E) diz ser 'nome forte' para unir o centro; Padilha (D) fala sobre atuação do pré-candidato pela renegociação da dívida

Meirelles (E) diz ser 'nome forte' para unir o centro; Padilha (D) fala sobre atuação do pré-candidato pela renegociação da dívida


MARCO QUINTANA/JC
Bruna Suptitz
"Não há razão de aceitar qualquer composição que não seja com o MDB como cabeça de chapa", disse o pré-candidato emedebista à presidência, Henrique Meirelles, em resposta à especulação sobre uma possível aliança que vem sendo costurada entre o seu partido, o DEM e o PSDB para unificar uma candidatura de centro ao Palácio do Planalto. 
"Não há razão de aceitar qualquer composição que não seja com o MDB como cabeça de chapa", disse o pré-candidato emedebista à presidência, Henrique Meirelles, em resposta à especulação sobre uma possível aliança que vem sendo costurada entre o seu partido, o DEM e o PSDB para unificar uma candidatura de centro ao Palácio do Planalto. 
Dizendo que daria uma resposta "bem-humorada", Meirelles prosseguiu: "o MDB tem um candidato muito forte", fazendo referência a ele próprio e afirmando que tem condição de unir o centro. "Com o MDB com a cabeça de chapa, estaremos abertos a composições com os demais partidos."
Em passagem por Porto Alegre no sábado, quando se reuniu com lideranças partidárias e participou do segundo Congresso Estadual do MDB Mulher, Meirelles completou: "não consideramos aceitar uma candidatura à vice-presidência".
Outra especulação é sobre substituir o nome do MDB na disputa para as eleições de outubro. Na mais recente pesquisa do DataFolha, divulgada há uma semana, o ex-ministro da Fazenda do governo de Michel Temer (MDB) não ultrapassa 1% das intenções de voto, mesmo índice de pré-candidatos considerados "nanicos". Um dos nomes apontados para substituí-lo é o do ex-ministro da Defesa e do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim (MDB). 
Meirelles indica a convenção partidária como momento para confirmação da sua candidatura. O evento no Rio Grande do Sul marca o início do roteiro que ele cumprirá pelas próximas semanas por todo o Brasil. Ele sustenta a candidatura do partido pelo "momento em que o MDB tem resultado para mostrar", apontando ações da sua gestão à frente do Ministério da Fazenda, e afirma que, em conversa por telefone, Jobim "desautorizou especulações em torno do seu nome".
O emedebista reconheceu a condição de ser o candidato do governo nessa eleição e diz não ver isso como prejudicial. Ele alega que o atual governo enfrentou dificuldade devido à "maior recessão da história do Brasil" e admitiu que, por mais que tenha se diminuído o número de desempregados, ainda resta muito a fazer. "Precisamos de quatro anos para que todos os brasileiros tenham direito a um emprego digno", sustenta.
Meirelles minimizou a influência, na campanha, dos dois candidatos considerados da extrema: à direita, Jair Bolsonaro (PSL) - que, na opinião do emedebista, atrai pessoas que buscam soluções "radicais" para o País - e, à esquerda, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pré-candidato avalia que os votos declarados a Lula não serão automaticamente transferidos ao PT, e acredita que poderá conquistar uma parte do eleitorado do ex-presidente. "Trabalhei com ele (Lula) como presidente do Banco Central, com um acordo de independência. Muitos (eleitores) têm uma boa recordação do período em que ele foi presidente; é também o período que tive uma posição central", afirma.
No evento de sábado, Meirelles disse que as mulheres participarão da coordenação da sua campanha e que estarão no primeiro escalão do seu governo. Na sequência, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB), destacou a participação de Meirelles na renegociação da dívida do Rio Grande do Sul com a União, e anunciou que, "antes da eleição, teremos uma grande noticia: a reprogramação da dívida e a condição de (o RS) fazer grandes investimentos". O ministro, contudo, não detalhou esta medida.
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