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Política

- Publicada em 12 de Junho de 2018 às 21:59

"O que acontece no Rio é um laboratório para melhores práticas", diz ministro Etchegoyen

Etchegoyen diz que a Abin não vai monitorar a internet nas eleições

Etchegoyen diz que a Abin não vai monitorar a internet nas eleições


/FREDY VIEIRA/JC
Diego Nuñez
Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, o general do Exército Sérgio Etchegoyen vê a intervenção federal de caráter militar que ocorre atualmente na cidade do Rio de Janeiro como "um laboratório de onde certamente sairão melhores práticas" sobre como conduzir a segurança nos estados. A declaração foi feita em coletiva de imprensa que antecedeu sua palestra a empresários e políticos ontem, na Associação Comercial de Porto Alegre.
Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, o general do Exército Sérgio Etchegoyen vê a intervenção federal de caráter militar que ocorre atualmente na cidade do Rio de Janeiro como "um laboratório de onde certamente sairão melhores práticas" sobre como conduzir a segurança nos estados. A declaração foi feita em coletiva de imprensa que antecedeu sua palestra a empresários e políticos ontem, na Associação Comercial de Porto Alegre.
Etchegoyen sustenta que o principal problema para a segurança interna nacional "não é tanto de recurso. Acho que nos falta sim muita gestão". Com o título "custo da criminalidade", o ministro apresentou dados da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos do Paraná (SAE-PR), os quais mostram que, em 2015 a União gastou cerca de R$ 285 bilhões em segurança, o representa 4,38% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. De 1996 até aquele ano, teriam sido investidos R$ 4 trilhões na área.
Contudo, não considera que seja economicamente interessante uma intervenção em outras unidades da federação e aponta a insegurança como resultado da má governabilidade dos estados. "Nem as forças armadas querem, nem ao governo interessa, porque é caro. Se o governo tem que intervir, é porque as policias estaduais não estão resolvendo o problema. A pergunta é do porquê que estes estados não estão resolvendo", argumenta.
Ainda assim, Etchegoyen não acredita que "haja hoje outro estado no Brasil que esteja no grau de degradação do Rio de Janeiro e necessite de intervenção federal".
Pauta permanente a cada dois anos, as eleições gerais de outubro não ficaram de fora da conversa com o ministro. "Nenhuma possibilidade" foi como Etchegoyen colocou a recentemente conversa sobre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorar a navegação dos usuários durante o período eleitoral, com o objetivo de tentar coibir a disseminação de notícias falsas. "Nem a Abin nem nenhum outro órgão de inteligência no mundo teria capacidade de monitorar a quantidade de dados que se produzem diariamente por todos os usuários de um país informatizado como é o nosso".
O general explica que "existe uma força tarefa defina pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) integrada com a Abin e a Polícia Federal na área cibernética para ajudar que nós tenhamos eleições limpas". Sem revelar os planos da Inteligência, que são secretos, o ministro aposta em alternativas mais simples. "É o papel do TSE informar os partidos, alertá-los do que pode acontecer. Estamos estudando o que aconteceu em outros países. Precisamos dar condições a um juiz de decidir sobre situações deferidas", disse.
O general Etchegoyen ficou em evidencia nas últimas semanas quando o GSI assumiu a gestão de crise durante a greve dos caminhoneiros pelo país. Ele comentou sobre a surpresa com que o governo foi pego. "Existia a percepção de que havia uma fonte de desconforto, um causador de um movimento absolutamente horizontal, um outro tipo de sindicalismo, em rede, em que as lideranças tradicionais tinham que tratar com concentrações de caminhoneiros do Brasil inteiro. Como a gente prevê um negócio desse? Não vejo como seria possível". O ministro também acredita que "o governo buscou o diálogo desde o princípio da greve", mesmo que a percepção geral seja de que a atuação dos gerentes da crise tenha apenas acontecido quando os reflexos da paralisação tenham atingido as cidades.
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