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Política

- Publicada em 08 de Junho de 2018 às 15:27

'Brasil precisa ter mais otimismo', diz Michel Temer

Presidente disse que líderes de outros países da América Latina têm 'admiração' pelo Brasil

Presidente disse que líderes de outros países da América Latina têm 'admiração' pelo Brasil


Cesar Itiberê/PR/JC
Em meio à volatilidade do mercado financeiro, com Banco Central tendo de intervir para conter a escalada do dólar, as incertezas eleitorais e repique da inflação, além da crise dos transportes de cargas que ainda ronda o governo, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta sexta-feira (8) que o Brasil precisa ter mais "otimismo".
Em meio à volatilidade do mercado financeiro, com Banco Central tendo de intervir para conter a escalada do dólar, as incertezas eleitorais e repique da inflação, além da crise dos transportes de cargas que ainda ronda o governo, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta sexta-feira (8) que o Brasil precisa ter mais "otimismo".
A declaração foi feita durante cerimônia em Iperó, no interior de São Paulo, onde Temer lançou a pedra fundamental de um projeto de energia no Centro Industrial Nuclear de Aramar. Ele disse que presidentes de outros países da América Latina têm "admiração" pelo Brasil.
"Precisamos ter o otimismo que eu encontrei recentemente na Cúpula das Américas, em Lima, no Peru, quando em contato com 12 ou 13 chefes de estado verifiquei a administração extraordinária que eles têm pelo nosso país. Um otimismo até quase exagerado", afirmou. O emedebista disse que foi interpelado por Mauricio Macri, presidente da Argentina.
"Ele me chamou de lado e perguntou: 'como você conseguiu trazer o Brasil para uma inflação de 3%? Como você conseguiu fazer uma grande modernização trabalhista? Como você conseguiu fazer esse teto dos gastos públicos, reformular todo ensino médio do país? Lá (na Argentina) temos uma inflação de 25%, os juros a quase 40%'."
"Eu disse, 'presidente Macri, no Brasil nós temos como fundamento básico do governo a palavra diálogo. Nós temos diálogo não só com o Congresso, que nos dá muito apoio, mas com toda a sociedade'", afirmou Temer.
O presidente ainda disse: "O interessante é que eu vi em todos esses líderes o otimismo e a admiração em relação ao nosso país. E muitas vezes aqui no Brasil nós temos um certo pessimismo."
Temer fez, nesta sexta, o lançamento das obras para construção de um complexo para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e iniciou os testes de equipamentos do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (Labgene), do programa nuclear da Marinha.
O reator, segundo o governo, dará autossuficiência ao Brasil na produção de insumos necessários para a fabricação de fármacos utilizados no tratamento de doenças cardíacas, oncológicas e neurológicas, entre outras. Já o Labgene é um protótipo da planta para o futuro submarino com propulsão nuclear do Brasil.
O complexo do RMB será construído em área de 2,04 milhões de metros quadrados em Iperó. O terreno foi cedido pela Marinha do Brasil e pelo governo de São Paulo, conforme a instituição militar. O local reunirá, além do reator, todos os laboratórios necessários para seu funcionamento. "Será o catalisador para um grande centro de pesquisa nacional de aplicação de radiação", informou a Marinha em nota.
A produção de radioisótopos, insumos que hoje são importados, reduzirá o risco de desabastecimento e os custos de fabricação dos medicamentos no país, conforme o governo federal. "Além de ganharmos essa autonomia, vamos poder ampliar o atendimento público de saúde, levando os benefícios desse projeto e da medicina nuclear para milhões de brasileiros", afirmou Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Em março deste ano, o Ministério da Saúde firmou acordo com a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa para aporte de R$ 750 milhões, até 2022, na implantação de parte do empreendimento.
O ministro Gilberto Occhi (Saúde) também participou da solenidade e disse que, em 2018, serão aplicados R$ 30 milhões (dos R$ 750 milhões previstos) no projeto. "Hoje, são realizados cerca de dois milhões de procedimentos médicos (entre eles diagnósticos de imagem) em mais de 900 centros de medicina nuclear no Brasil, públicos e privados. Com a operação do RMB vamos baratear os custos", afirmou ele, sem mencionar os gastos atuais nessa área.
O Labgene foi construído, de acordo com a Marinha, para reproduzir em terra os sistemas de propulsão que serão instalados no futuro Submarino Nuclear (SN-BR). O laboratório servirá também de base para outros projetos nucleares do Brasil, entre eles o de freio dinamométrico, um motor elétrico de propulsão, turbogeradores e reator.
Quando entrar em plena operação, diz o governo, o laboratório terá uma planta com 48 megawatts de potência térmica, o que é capaz de alimentar a propulsão do submarino, mas também é suficiente para iluminar uma cidade de aproximadamente 20 mil habitantes.
Folhapress
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