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Opinião

ARTIGO

- Publicada em 23 de Maio de 2022 às 03:00

Modelo justo na concessão rodoviária

Tiago Simon
O Rio Grande do Sul tem pressa, e com razão, em resolver seus gargalos e problemas históricos de infraestrutura rodoviária. Recentemente a Fiergs elaborou um documento colocando a falta de investimentos em infraestrutura e logística, os altos custos gerados pelas condições precárias dos modais de transporte existentes e a dependência das rodovias em uma lista com os 30 maiores entraves à competitividade do setor industrial gaúcho.
O Rio Grande do Sul tem pressa, e com razão, em resolver seus gargalos e problemas históricos de infraestrutura rodoviária. Recentemente a Fiergs elaborou um documento colocando a falta de investimentos em infraestrutura e logística, os altos custos gerados pelas condições precárias dos modais de transporte existentes e a dependência das rodovias em uma lista com os 30 maiores entraves à competitividade do setor industrial gaúcho.
Conforme dados da Fiergs, o Rio Grande do Sul vem caindo no ranking nacional de competitividade, e entre os estados industrializados é o que apresenta o maior custo operacional para as empresas em comparação às demais unidades da Federação (50,4%, contra 44,8% da média brasileira).
Assim, o diagnóstico é muito claro e real. Da mesma forma, há unanimidade de que os investimentos necessários passam pela privatização e concessões, já que o poder público sozinho não tem essa capacidade de atender às demandas de obras rodoviárias.
Porém, o programa do governo do Estado acabou se fragilizando por uma série de problemas, lançando um edital (do Bloco 3, referente a Serra e Vale do Caí) num momento inadequado de absoluta instabilidade econômica, com resultados desastrosos em que apenas uma empresa participou da concorrência oferecendo deságio pífio e irrisório de 1,3%. Resultado? Tarifas de pedágios com valores altos, totalmente fora da realidade e da capacidade de absorção pela sociedade. Hoje, por exemplo, para se deslocar de Caxias a Porto Alegre, uma pessoa com veículo gasta R$ 6,50 com pedágio. Com o programa do Governo do Estado e o resultado do leilão, esse valor passa para R$ 36,00, ou seja, praticamente seis vezes mais.
Por tudo isso, somos absolutamente contrários à homologação do contrato do Bloco 3. E também pela suspensão dos editais dos outros blocos, e pela retirada imediata da proposta de um pedágio urbano na RS 118, que seria uma tragédia para todas as comunidades da Região Metropolitana, notadamente para os municípios de Viamão, Alvorada, Gravataí, Cachoeirinha, o que iria acarretar desemprego, fuga de empresas e aprofundamento da vulnerabilidade social. Concessão sim, pedágios abusivos não.
Deputado estadual (MDB)
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