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Opinião

Artigo

- Publicada em 10 de Maio de 2022 às 20:16

O sucesso dos minimercados

A disparada dos preços de hortifrutigranjeiros está associada a múltiplos fatores, desde a guerra na Ucrânia, à quebra na produção da soja no Rio Grande do Sul, à elevação do preço da ração para a vaca leiteira, até a subida do petróleo e a valorização do biocombustível nos EUA.
A disparada dos preços de hortifrutigranjeiros está associada a múltiplos fatores, desde a guerra na Ucrânia, à quebra na produção da soja no Rio Grande do Sul, à elevação do preço da ração para a vaca leiteira, até a subida do petróleo e a valorização do biocombustível nos EUA.
Na pandemia, o mercado já vinha buscando alternativas para reduzir o preço de alimentos, uma estratégia simples é reduzir o número de atravessadores e o tamanho do trajeto entre produtor e consumidor. Desde 2020 o Sebrae identifica o aquecimento da atividade nos pequenos mercados de bairro. Com a pandemia muitos consumidores se voltaram para a vida dentro de condomínios, consumindo mais em conveniências ou em pequenos comércios locais voltados para a venda de frutas, verduras e produtos artesanais, que aqueceram as vendas atendendo a quem busca mais saúde ou receitas e sabores tradicionais.
Atender à necessidade das famílias e aproveitar as condições do mercado para aliar qualidade e preço está nos levando, literalmente, a nos voltarmos para as raízes. Neste período de preço majorado da cenoura e da batata, mesmo na alta os tubérculos ainda são uma alternativa mais "em conta", bastante saudáveis e que nutrem mais o corpo e ainda preservam ao bolso comparados ao pão com o trigo argentino ou o pastel frito nos óleos de soja e milho, que agora competem nos mercados internacionais em conflito e sedentos por combustíveis.
Buscar fornecedores na agricultura local, levar produtos desta agricultura diretamente para o consumidor em uma base permanente, valendo-se de facilitadores como mídias sociais é uma estratégia eficiente para driblar preços altos e para oferecer alternativas em verduras e frutas que estão na estação de colheita e tem maior oferta e menor preço. Não é só a busca por preços que aqueceu o mercado dos pequenos comércios de bairro e dentro de condomínios. O "calor humano", saber o nome das pessoas que compram, como uma pessoa da vizinhança. O consumidor pós-pandemia valoriza o contato pessoal e humanizado, entender por que este tipo de contato é necessário até para a saúde mental.
"Oi Dona Ernesta, tudo bem? Lembra daqueles ovos azuis, de três gemas, que deixam o pudim bem amarelinho, chegaram". A informação na ponta da língua sobre o que, como, por que o cliente quer um dos diferenciais competitivos que tornam o pequeno mercado no condomínio e no bairro mais atraentes do que o supermercado grande, impessoal e sem "aquele produto" processado massivamente.
Empresária
 
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