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Opinião

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- Publicada em 04 de Maio de 2022 às 03:00

Crise no IPE Saúde afeta a todos

O agravamento da crise no IPE Saúde que vem desde o governo Sartori (MDB, 2015-2018), impactará todos os gaúchos. Com um orçamento anual de mais de R$ 2,2 bilhões, para atendimento a cerca de 1 milhão de vidas, o IPE injeta quase metade do que se gasta com saúde em nosso Estado.
O agravamento da crise no IPE Saúde que vem desde o governo Sartori (MDB, 2015-2018), impactará todos os gaúchos. Com um orçamento anual de mais de R$ 2,2 bilhões, para atendimento a cerca de 1 milhão de vidas, o IPE injeta quase metade do que se gasta com saúde em nosso Estado.
Qualquer solavanco repercute em todo sistema, desde hospitais, clínicas, médicos, prestadores de serviços e laboratórios. Sem esquecer as milhões de vidas em risco.
A irresponsabilidade dos governos que se sucederam, vai desde o congelamento salarial por quase oito anos que praticamente estagnou o orçamento do Instituto, até às sucessivas más gestões políticas. Paralelamente a isso, a inflação médica superou os 100%.
Só no atual governo, o IPE Saúde já teve seis presidentes. E nenhum com notório conhecimento do setor saúde. Não podemos deixar de registrar o verdadeiro esbulho que foi a transferência de todos os imóveis que eram a reserva técnica do Instituto para o governo do Estado.
Também contribui para essa situação a falta de funcionários e de auditores que são insuficientes para gerir um plano com esta abrangência e tamanho. É um verdadeiro descalabro.
O terceiro maior orçamento do Estado vem sendo confiado a leigos. E tudo isso agravado pela adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, agora questionado por todos, mas sempre rejeitado pela Fessargs. Somente agora, às vésperas das eleições, caíram na real: como governar o Estado sem autonomia financeira, eis que a chave do caixa passaria para a União.
Condenar os servidores a mais 10 anos de congelamento não é problema para eles, mas perder o poder de gerir as finanças, nem pensar.
O que importa é que sequer o RS deve, e também não se enquadra nas exigências do governo federal, sendo desnecessário esse Regime.
A Federação Sindical dos Servidores Públicos do Rs (Fessergs) ingressou como "amicus curiae" na ação da OAB junto ao Supremo que busca obstaculizar essa adesão, com argumentação tão consistente que agora dá sustentação às novas posições contrárias à aprovação do projeto na Assembleia Legislativa.
Apelamos pessoalmente ao governador Ranolfo (PSDB), servidor público de carreira, para que priorize o enfrentamento da crise no IPE Saúde. A falta de atendimento médico, as dificuldades extremas para internações e cirurgias exigem uma postura afirmativa dos governantes.
Por tudo isso, a Fessergs e o Fórum Permanente em Defesa do IPE se colocam à disposição para, com diálogo, encontrar soluções, que não passam por onerar mais ainda os servidores.
A sociedade gaúcha não pode suportar a incorporação de mais um milhão de vidas nas filas do SUS.
Presidente da Fessergs
 
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