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Opinião

Artigo

- Publicada em 11 de Abril de 2022 às 23:57

Entre duas guerras, havia uma exposição


LARA ELY/DIVULGAÇÃO/JC
Encerrou na sexta-feira (8), em Porto Alegre, uma exposição de arte que fez muita gente repensar sobre o que está fazendo hoje pelo futuro do planeta. Durante 34 dias, a Usina do Gasômetro hospedou 18 globos gigantes que traziam em suas estruturas artísticas mensagens e ideias referentes aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Encerrou na sexta-feira (8), em Porto Alegre, uma exposição de arte que fez muita gente repensar sobre o que está fazendo hoje pelo futuro do planeta. Durante 34 dias, a Usina do Gasômetro hospedou 18 globos gigantes que traziam em suas estruturas artísticas mensagens e ideias referentes aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Figuras femininas relembraram a importância da igualdade de gênero (ODS 5), a alusão aos mares e oceanos relembrou a necessidade de cuidar dos recursos naturais (ODS 6), pombas brancas remetiam a necessidade de paz e justiça social (ODS 16), só para dar alguns exemplos.
Enquanto o mundo prestava atenção nas cenas de um conflito sangrento na porção oriental do globo, por aqui, centenas de pedestres, estudantes, artistas e turistas tiveram a oportunidade de olhar por outro espectro a noção de desenvolvimento.
Se no começo de março, a notícia da mostra dividiu pauta com a Ucrânia e a Rússia, ao final o tema já era outro: a guerra do tráfico na Vila Cruzeiro.
Entre duas guerras (uma de nações e a outra de facções) havia uma oportunidade: a de exercitar um olhar apreciativo sobre a vida.
Afinal, é função da arte tocar, sensibilizar, propor novas ideias e, até mesmo, questionar padrões de comportamento e consumo.
A exposição foi também palco de encontros para quem estava com saudade de uma manifestação cidadã em situações como a Hora do Planeta ou o Dia da Água. Até as meninas da ONG da Greta Thunberg, Friday For Future, compareceram. Houve troca de afeto e renovação da esperança por meio de um estar junto que, nos últimos dois anos, só acontecia na esfera digital.
Foi a aplicação prática do conceito de artivismo, onde a arte encontra as pessoas e seus propósitos. Mais que uma exposição, os globos da orla simbolizaram uma experiência única para visitantes de várias gerações se conectarem ao tema da sustentabilidade.
Jornalista e especialista em gestão ambiental
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