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Opinião

Artigo

- Publicada em 11 de Março de 2022 às 03:00

Não deixem de fazer sua mamografia anual

Até pouco tempo atrás, só os homens levavam a fama de irem ao médico em último caso, ao contrário das mulheres, que sempre procuravam se cuidar. Porém, agora a situação entre os sexos está muito parecida. Elas também deixaram de ir ao médico com frequência, pressionadas pelas cobranças no trabalho e afazeres domésticos, criação dos filhos e outros fatores. E é engano pensar que apenas mulheres com menos educação e em situação socioeconômica mais precária procuram menos ajuda médica. Uma pesquisa do Conselho Regional de Medicina de São Paulo mostrou que as médicas morrem, em média, 10 anos antes dos médicos. O estudo analisou as taxas de mortalidade da categoria ao longo de uma década. A conclusão é que as médicas deixaram de se alimentar e de dormir direito, de fazer exercícios físicos e de ir ao médico por causa da pressão do trabalho.
Até pouco tempo atrás, só os homens levavam a fama de irem ao médico em último caso, ao contrário das mulheres, que sempre procuravam se cuidar. Porém, agora a situação entre os sexos está muito parecida. Elas também deixaram de ir ao médico com frequência, pressionadas pelas cobranças no trabalho e afazeres domésticos, criação dos filhos e outros fatores. E é engano pensar que apenas mulheres com menos educação e em situação socioeconômica mais precária procuram menos ajuda médica. Uma pesquisa do Conselho Regional de Medicina de São Paulo mostrou que as médicas morrem, em média, 10 anos antes dos médicos. O estudo analisou as taxas de mortalidade da categoria ao longo de uma década. A conclusão é que as médicas deixaram de se alimentar e de dormir direito, de fazer exercícios físicos e de ir ao médico por causa da pressão do trabalho.
Se é assim com as médicas, dá para imaginar que entre as mulheres de nível socioeconômico menos privilegiado, e que necessitam de atendimento público, a situação é ainda pior. Há poucos estudos sobre isso, mas algumas pesquisas indicam que as mulheres negras também são muito afetadas pela falta ou demora no atendimento no sistema de saúde. Quando se fala de câncer em geral, e de câncer de mama em particular, foco do trabalho da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), essa demora, tanto para procurar ajuda médica quanto para iniciar o tratamento, acaba prejudicando as pacientes, já que as chances de cura são bem maiores se o tumor for diagnosticado no início e o tratamento começar imediatamente.
Além desses fatores citados, a pandemia também atrasou muitos diagnósticos. Levantamento feito pela Femama com dados do Datasus, mostram uma diminuição de 39% no número de mamografias entre 2019 e 2020. Ao analisar os dados, percebe-se que os estados que mais deixaram de fazer exames estão localizados nas regiões Norte e Nordeste do País. Em 2021, os dados indicam uma recuperação expressiva, porém, ainda não o suficiente para superar o número de mamografias realizadas no ano de 2019. A mamografia, como se sabe, é o meio mais eficiente para detecção de tumores, daí a nossa insistência em chamar a atenção para isso. Deixar de fazer esse exame é prejudicial às mulheres, principalmente para aquelas em idade de risco que perdem a chance de um diagnóstico precoce. Mulheres, não deixem de fazer seus exames anuais, que procurem ajuda médica ao menor sinal de mudança nas mamas.
Presidente voluntária da Femama e chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento
 
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