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Opinião

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- Publicada em 18 de Janeiro de 2022 às 20:21

RS celeiro do agronegócio até quando?

O Rio Grande do Sul, há décadas, tem sido considerado o principal gerador de inovações tecnológicas e organizacionais no agronegócio do Brasil. No entanto, recentemente, nos vimos diante de uma nota que pode fazer com que repensemos o que, até agora, não nos parecia motivo de questionamento.
O Rio Grande do Sul, há décadas, tem sido considerado o principal gerador de inovações tecnológicas e organizacionais no agronegócio do Brasil. No entanto, recentemente, nos vimos diante de uma nota que pode fazer com que repensemos o que, até agora, não nos parecia motivo de questionamento.
A Nota 01/2022-DAE/SPA do Mapa estimulou uma reflexão sobre a máxima de que o Rio Grande do Sul é o Celeiro do Agronegócio do Brasil. O anúncio identificou os municípios mais ricos do agronegócio brasileiro em 2020, baseado em dados do IBGE, revelando que o Estado possui apenas dois - Muitos Capões, na 96ª posição, e Vacaria, na 98ª - entre os 100 maiores geradores de renda bruta na agropecuária.
Segundo a CNA, a participação da agropecuária no PIB do 1º trimestre de 2021 foi de 7,1%, enquanto em 2020 o agronegócio participou com 26,6% no PIB brasileiro (R$ 7,5 trilhões).
Entre os pontos destacados pela nota está que a tecnologia contribui com a maior parte da variação da renda bruta (69,7%), enquanto trabalho gera 20% e o fator terra apenas 10%. Isso mostra que os marginalizados da tecnologia sofrem com as chamadas imperfeições de mercado, pois as tecnologias modernas não são lucrativas para a pequena produção.
Assim, esse é o contexto: o emprego de qualidade, a renda per capita e o bem-estar no campo carecem de mais atenção e melhores estratégias de crescimento, pois existem promissoras oportunidades e conhecidas fortalezas produtivas no agronegócio, com previsões de aumentos de 50% na demanda por produtos agropecuários nas próximas duas décadas.
O caminho do agronegócio gaúcho passa por políticas que promovam mudanças dos indicadores de competitividade setorial e de competitividade também territorial. Aí, a academia possui importantíssimo papel nas demonstrações das viabilidades técnica e financeira das inovações. Cabe aos agentes de geração e transferência de tecnologias demonstrar os pontos críticos dos negócios.
Engenheiro agrônomo e socioeconomista rural e Advogado e consultor de empresas  
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