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Opinião

Editorial

- Publicada em 13 de Janeiro de 2022 às 20:35

Estiagem expõe perdas e a necessidade de irrigação no Estado

Nesta quinta-feira, um dia após a vinda da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ao Estado, um total de 209 municípios gaúchos já haviam decretado situação de emergência em função da estiagem, que assola com mais intensidade os três estados do Sul e o Mato Grosso do Sul.
Nesta quinta-feira, um dia após a vinda da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ao Estado, um total de 209 municípios gaúchos já haviam decretado situação de emergência em função da estiagem, que assola com mais intensidade os três estados do Sul e o Mato Grosso do Sul.
São cidades de característica predominantemente agrícola e gerações de famílias de produtores que dependem do campo e do clima, e que correm contra o relógio para evitar perdas inteiras de safras, rebanhos e da produção leiteira. 
Em Santo Ângelo, onde visitou propriedades rurais, Tereza Cristina acenou com medidas emergenciais de socorro ao setor. Segundo ela, equipe do governo federal trabalhará para agilizar ações de curto, médio e longo prazos.
Para o agro gaúcho, esse socorro urge, já que, além das perdas já contabilizadas, a estiagem impede a semeadura de culturas de inverno como a soja. Mas além de medidas de crédito e seguro rural para o momento, é preciso pensar no futuro e definir ações de irrigação. O início de uma solução local para mitigar o problema já veio do governo do Estado, que, com o Programa Avançar, destinará R$ 275,9 milhões para a agropecuária e o desenvolvimento rural, sendo R$ 201,4 milhões exclusivamente para irrigação e conservação de água.
Nesse sentido, licitações para perfuração de 750 poços, implantação de 750 torres metálicas e caixas d'água, escavação de 6 mil microaçudes e implantação de 1,5 mil cisternas estão entre as prioridades. São ajudas fundamentais nesse momento, mas que expõem, a cada registro de estiagem, a falta de planejamento em projetos efetivos e de longo prazo em irrigação.
O governador Eduardo Leite (PSDB) garantiu que as equipes do Executivo estão mobilizadas para mitigar, dentro do possível, os efeitos da seca, e, em ofício encaminhado à ministra, lembrou que a maioria dos municípios gaúchos têm relevante dependência da agropecuária, com a estiagem trazendo prejuízos não só econômicos, mas ambientais e sociais, já que o setor responde por mais de 40% do PIB estadual, com participação superior a 60% nas exportações totais do Rio Grande do Sul.
Os efeitos e prejuízos da estiagem ainda estão longe de ser contabilizados. É preciso buscar soluções imediatas. Mas a questão de fundo passa, necessariamente, por pensar de forma ampla a irrigação em solo gaúcho.
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