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Opinião

Editorial

- Publicada em 12 de Janeiro de 2022 às 19:48

O desafio de superar o ciclo de inflação em alta no Brasil

Para os brasileiros, quase diariamente surpreendidos pela alta dos preços nos supermercados, a inflação voltou a ser uma preocupação. A subida do dólar e os sucessivos reajustes nos combustíveis impactaram no valor de produtos dos mais diversos setores.
Para os brasileiros, quase diariamente surpreendidos pela alta dos preços nos supermercados, a inflação voltou a ser uma preocupação. A subida do dólar e os sucessivos reajustes nos combustíveis impactaram no valor de produtos dos mais diversos setores.
Além disso, a pandemia gerou uma desaceleração na produção, que teve consequências quando houve a reabertura da economia, provocando escassez de insumos para atender setores da indústria e garantir produtos ao varejo, situação que afeta a economia desde a retomada integral das atividades após os períodos mais restritivos.
Tudo isso, além do contexto internacional, impactou a economia do Brasil. Um dos resultados foi a inflação oficial de dois dígitos, confirmada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que informou uma alta de 10,06% no IPCA acumulado de 2021. É a maior alta de preços registrada no País desde 2015.
Antes mesmo do dado oficial ser divulgado, foi possível aferir no dia a dia que o poder de compra caiu. De fato, a inflação estourou o teto da meta, e o Banco Central justificou que o choque de custos nacional segue a tendência mundial, problema igualmente enfrentado por países europeus e pelos Estados Unidos.
Outro ingrediente local é a crise hídrica que assola o País, com reflexos nos preços da energia elétrica, o que tem impacto em todos os negócios e produtos. A conta salgada vem sendo dividida pela indústria e população em geral. Contribuíram, ainda, além da alta nos preços dos transportes, a subida das despesas com habitação, bebidas e gêneros alimentícios, principalmente carnes, café e açúcar.
Nesse  contexto, é justamente a população pobre a mais afetada. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a inflação para os brasileiros de menor renda fechou 2021 em 11%, com maior parte dos salários comprometidos pela alta de produtos e insumos básicos. Sem contar a taxa de desemprego igualmente alta, sobretudo nessa faixa populacional.
Diante dessa realidade, o País busca alternativas para controlar a inflação, ainda mais em ano eleitoral, que já começa em tom de incerteza. Assim, um dos grandes desafios colocados neste ano é, sem dúvidas, o controle da inflação.
Projeções acenam para um 2022 um pouco melhor, embora seja desafiador um cenário de queda inflacionária consistente. Por ora, nos resta aguardar por medidas capazes de puxar a inflação para baixo e seguir administrando a alta dos preços no dia a dia.
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