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Opinião

- Publicada em 17 de Dezembro de 2021 às 03:00

Os 73 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

É inequívoca a constatação de que a pandemia que assola o planeta desde o final de 2019 aprofundou o abismo da desigualdade social, da miséria, da fome, com mais de 5,2 milhões de óbitos e quase 270 milhões de pessoas infectadas, muitas com sequelas incapacitantes ou síndromes irreversíveis. O maldito vírus fez virar pó a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 10 de dezembro de 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), sucedânea em parte da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, da França revolucionária de 1789.
É inequívoca a constatação de que a pandemia que assola o planeta desde o final de 2019 aprofundou o abismo da desigualdade social, da miséria, da fome, com mais de 5,2 milhões de óbitos e quase 270 milhões de pessoas infectadas, muitas com sequelas incapacitantes ou síndromes irreversíveis. O maldito vírus fez virar pó a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 10 de dezembro de 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), sucedânea em parte da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, da França revolucionária de 1789.
Assenta-se a Declaração num ideário secular que busca permitir a qualquer habitante do planeta, em quaisquer circunstâncias ou terras, a sobrevivência com dignidade, igualdade, respeito e paz. Mas, a pandemia transformou em escombros o artigo XXV da Declaração que professa: "Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e à sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle".
Os direitos humanos seguem desrespeitados e as violações provocadas por ações e omissões de governos no enfrentamento à crise sanitária a mantém como nossa preocupação fulcral, apesar de manifestações e comportamentos negacionistas a rodo. A despeito disto, não devemos abandonar a luta pela preservação do ideário septuagenário dos direitos humanos, não obstante os milhões sem emprego, a insegurança alimentar que grassa em todos os cantos, com semelhantes sem comida no prato, revirando lixo e caminhões de descarte de ossos, matando ratos, lagartos e gado esquálido na caatinga para juntar com um pouco de farinha ou água e tentarem seguir vivos. Por isso, neste 10 de dezembro, aos 73 anos da promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, temos que seguir combatendo essas monstruosidades e adversidades contra os cidadãos.
Continuar erguendo a bandeira da defesa da dignidade do ser humano, tentando ver e buscar, mesmo que, ao longe, um horizonte de fé e esperança, pois somente assim mitigaremos a desigualdade social, ajudaremos as sociedades a se desenvolverem com cidadãos livres e igualitários e consolidaremos cada vez mais a democracia e a cidadania.
Vice-presidente da ARI e membro da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da @abinacional
 
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