O jovem, a educação e o mercado de trabalho

Lembro do frio na barriga e dos sonhos da juventude. Era final da década de 70 e estava entrando no mercado de trabalho. É verdade que aqueles eram outros tempos, vivíamos outra realidade com menos oportunidades. Mas vejo os jovens hoje enfrentando o mesmo sentimento e o desafio de encontrar o seu espaço.

Uma pandemia no meio de um importante processo de descoberta atrapalha e é papel de quem já passou por tudo isso ajudar neste momento desafiador. Precisamos criar oportunidades para esses jovens e temos o empreendedorismo, a educação e as novas tecnologias como aliados.

A atualidade vive uma distância discrepante dos meus tempos de juventude em termos de mercado de trabalho. Mas ainda há muito o que evoluir.

O avanço passa pela educação profissional e neste ponto ainda temos que melhorar bastante. Hoje apenas 18% dos jovens de 18 a 24 anos estão matriculados no ensino superior e somente 17,4% das pessoas de 25 anos ou mais concluíram um curso. Os dados foram apresentados pelo Instituto Semesp em junho deste ano.

É a falta de mão de obra qualificada um dificultador para empregos melhores e remunerações mais significativas.

Olhando este cenário pós-pandemia com maior desemprego e também grandes desafios financeiros pelas famílias, questiono: O que o jovem precisa para chegar ao mercado de trabalho com melhores condições? E como podemos auxiliar neste processo?

Como parlamentar queremos levar este tema para o centro da política gaúcha e promover uma audiência pública com especialistas que possam ajudar a construir alternativas.

Temos facilidades e tecnologias que antigamente não eram possíveis. Acredito que podemos unir a experiência de ontem com aquele frio na barriga de quem está começando a vida e pode ter um futuro de oportunidades.