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Opinião

- Publicada em 15 de Novembro de 2021 às 19:12

Eleições 2022: olhar feminino para o futuro

As mulheres compõem 51,8% da população brasileira, segundo o IBGE. Porém, este volume não corresponde à ocupação dos diversos cargos de poder e decisão existentes em nossa sociedade, o que também inclui os espaços políticos.
As mulheres compõem 51,8% da população brasileira, segundo o IBGE. Porém, este volume não corresponde à ocupação dos diversos cargos de poder e decisão existentes em nossa sociedade, o que também inclui os espaços políticos.
Se as mulheres representam mais da metade dos habitantes brasileiros, neste contexto elas se reduzem a uma pequena parcela ou na sua total ausência. Na última eleição, Porto Alegre escolheu 11 vereadoras frente a 36 cadeiras na Câmara.
Apesar da baixa representatividade, os números expressam uma evolução na bancada feminina em relação ao período anterior, que contava apenas com 5 pessoas do gênero. Esta é a primeira vez nos últimos 20 anos que a Câmara tem mais de 10 mulheres. Este é um marco importante, entretanto, ainda está longe de equivaler a uma representatividade igualitária.
A luta está longe de acabar. E para seguirmos na defesa dessa igualdade, devemos investir em políticas públicas que incentivem uma educação política sem tendências partidárias e/ou ideológicas, mas que promovam o conhecimento e o engajamento da população feminina neste espaço de decisão.
Assim como precisamos entender a necessidade de democratização da própria estrutura interna dos partidos políticos, reforçando os caminhos de inclusão, de maneira efetiva e não meramente formal, para criar condições que elevem essa participação feminina nos processos eleitorais. A participação das mulheres no ambiente político movimenta preconceitos históricos e estruturais de nossa sociedade e para combatê-los, precisamos de estratégias consistentes e persistentes, com apoio das esferas públicas. A arena política não é reserva masculina, é um espaço de poder e decisão, que deve ser ocupado de forma igualitária pelos grupos que integram esse corpo social.
 E para que as próximas eleições possam trazer novas realidades em relação à representatividade, precisamos, desde já, exercitar um olhar feminino para o futuro e exercer nosso direito ao voto com consciência. Talvez assim, possamos realmente começar a fazer jus ao significado da palavra "igualdade". 
Professora de Direito da Estácio/RS
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