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Opinião

- Publicada em 09 de Novembro de 2021 às 03:00

Representatividade e a defesa da democracia

A democracia corre risco? O debate tem ganhado força nos últimos anos, e muitos sinais são citados por quem acredita nessa tese. Personalismo, polarização, ausência de grandes projetos de transformação social: eis alguns dos sintomas de um sistema que parece doente.
A democracia corre risco? O debate tem ganhado força nos últimos anos, e muitos sinais são citados por quem acredita nessa tese. Personalismo, polarização, ausência de grandes projetos de transformação social: eis alguns dos sintomas de um sistema que parece doente.
No entanto, esses são apenas os efeitos de uma enfermidade que tem uma causa anterior. Falo da crise de representatividade - uma desconexão abismal de pautas, de propósitos e de velocidade entre as siglas e a sociedade.
A realidade das estruturas partidárias não conversa efetivamente com o universo das pessoas, que não veem seus anseios, angústias e esperanças traduzidos ali.
A política precisa acelerar, alcançando a sociedade e andando ao lado dela. E isso começa com algo fundamental: o propósito. É nele que está a força motriz dessa reconexão. Ela passa por uma nova visão partidária, pautada na horizontalização das estruturas - menos "eu" e mais "nós", menos "caciques" e mais "parceiros".
O advento das redes sociais mudou tudo. E não estou falando de lacrações e das lideranças "caça-likes". Falo de um fenômeno social e cultural profundo que alterou radicalmente a forma como nos comunicamos e nos relacionamos.
O cidadão ganhou voz e influência. Isso precisa ser compreendido e respeitado. Há diversas organizações - partidárias ou não - que nasceram a partir dessa nova lógica, atualizando agendas e favorecendo o surgimento orgânico de novas lideranças.
O Avante é exemplo disso, tendo avançado quase 700% no número de prefeitas e prefeitos eleitos no último pleito. Transparência, proximidade e alinhamento de pautas traduzidos em relacionamentos genuínos com a sociedade engajam mais do que apenas falsas polêmicas.
A sociedade tem dado seu recado sistematicamente. Cabe à política, agora, escutar, mudar e avançar. Nenhum sentimento é mais forte e mobilizador de transformações sociais, econômicas e históricas do que a representatividade. É ela que permitirá que se escrevam novos e firmes capítulos de nossa trajetória democrática.
Presidente estadual do Avante
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