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Opinião

- Publicada em 04 de Novembro de 2021 às 15:51

COP 26: os desafios do Brasil frente à emergência climática

A COP26, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que acontece até 12 de novembro, em Glasgow, se realiza num contexto mais dramático do que a COP21, cinco anos atrás: entramos num estado de emergência climática no planeta. A meta de limitar o aquecimento global em 1,5º C até o final do século, do Acordo de Paris, continua extremamente desafiadora e distante.
A COP26, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que acontece até 12 de novembro, em Glasgow, se realiza num contexto mais dramático do que a COP21, cinco anos atrás: entramos num estado de emergência climática no planeta. A meta de limitar o aquecimento global em 1,5º C até o final do século, do Acordo de Paris, continua extremamente desafiadora e distante.
Com relação ao Brasil o cenário é mais urgente ainda. Estudo da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, demonstra que 28% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) vem do agronegócio e que 44% vêm do desmatamento. Segundo relatório do Programa da ONU para Meio Ambiente, somente México e Brasil chegam à COP26 com intenção de aumentar suas emissões de GEE até 2030.
Por isso que o recente anúncio de que temos, no Brasil, um ativo de mais de US$ 100 bi até 2030, em créditos de carbono, não significa nada na prática. Existem um conjunto de regras de compliance, governança, metodologias de manejo ambiental e sustentabilidade a serem cumpridas para certificação para que isso se torne realidade.
No âmbito da United Nations Framework Convention on Climate Change, (UNFCCC) foram definidas um conjunto de metodologias técnicas para certificação de projetos e iniciativas que contribuam para a sustentabilidade em Projetos AFOUT (Agricultura, Floresta e Outras Utilizações da Terra) como non AFOUT. Precisam ser cumpridas.
Temos, no Brasil, como em talvez nenhum outro país, um potencial imenso de geração e distribuição desses ativos verdes. Precisamos uma alteração do nosso modo de produção e de vida. Projetos sustentáveis, inclusivos, com uso racional da água, farão com que manter a floresta intacta seja mais atrativo do que queimá-la para pecuária e soja.
Advogado, especialista em infraestrutura e projetos estruturados
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