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Opinião

- Publicada em 07 de Outubro de 2021 às 15:15

Desvendando a inflação

Um vídeo de 21 de setembro mostra que um quilograma de contrafilé, equivalente a 2,2 libras nos Estados Unidos, custa no supermercado 43,98 dólares, aproximadamente R$ 242,00, ao câmbio atual de R$ 5,5 por dólar. Lá, o peso é medido em libra, que equivale a 453,6 gramas. Uma libra de contrafilé custa 19,99 dólares. Por aqui, o contrafilé vale, em média, R$ 52,00 o quilo. Nos EUA, portanto, um quilo da iguaria custa 4,6 vezes o que pagamos no Brasil. No entanto, o custo de lá é quase o mesmo daqui, se considerarmos a paridade de moedas.
Um vídeo de 21 de setembro mostra que um quilograma de contrafilé, equivalente a 2,2 libras nos Estados Unidos, custa no supermercado 43,98 dólares, aproximadamente R$ 242,00, ao câmbio atual de R$ 5,5 por dólar. Lá, o peso é medido em libra, que equivale a 453,6 gramas. Uma libra de contrafilé custa 19,99 dólares. Por aqui, o contrafilé vale, em média, R$ 52,00 o quilo. Nos EUA, portanto, um quilo da iguaria custa 4,6 vezes o que pagamos no Brasil. No entanto, o custo de lá é quase o mesmo daqui, se considerarmos a paridade de moedas.
A verdade é que toda a economia mundial está sentindo, agora, os efeitos maléficos da paralisação forçada durante a pandemia do coronavírus. A inflação não medra só por aqui. Na Europa, 19 países da zona do Euro registraram inflação de 3% a.a. em agosto, contra 2,2% em julho, e a expectativa é de que aumente ainda mais até novembro. A meta do Banco Central Europeu era de apenas 2%. Nos EUA, chegou a 4,3% a.a. em julho, porém refluiu para 4% em agosto. Para 2022, espera-se 5,2% a.a. Mas por que a inflação acontece?
Eis um exemplo rudimentar: imaginemos um universo (país) no qual existam apenas cinco objetos iguais (canetas, por exemplo); que nesse país só exista R$ 1 mil em moeda circulante. Se existem cinco canetas, cada uma vale R$ 200,00. De repente, para combater uma pandemia, o presidente manda imprimir outros mil reais, mas não produz nenhuma outra caneta. O país então passa a ter R$2 mil em moeda circulante. Assim, num passe de mágica, cada caneta passa a valer o dobro (R$ 2.000,00 ÷ 5 = R$ 400,00). Produziu-se, assim, 100% de inflação!
Foi o que ocorreu durante a pandemia, no Brasil e no mundo. Só no ano de 2020, segundo o Portal Siga Brasil, mantido pelo Senado Federal, nosso País despendeu no combate aos efeitos da pandemia o total de R$ 564,14 bilhões. Só o auxílio emergencial consumiu R$ 230,78 bilhões na primeira fase (R$ 600 por pessoa), mais R$ 63 bilhões na segunda (R$ 300 por pessoa). O auxílio direto aos estados e prefeituras custou outros R$ 111,4 bilhões. Depois, vieram benefícios como saúde, manutenção do emprego, entre outros.
Entretanto nada foi produzido (nenhuma caneta). Ao contrário, muitos setores econômicos, como hotelaria, transporte, restaurantes, comércio e muitos outros foram totalmente paralisados. De onde então vieram esses quase R$ 600 bilhões que não faziam parte do orçamento em 2020? Parte proveio do redirecionamento de despesas; o restante, das reservas de capital ou da captação proveniente de títulos do tesouro. O que conta, porém, é que o dinheiro entrou, mas nada foi produzido. Mais dinheiro, menos produtos, mais inflação!
Inflação alta diminui o poder de compra das pessoas, que recebem seus salários em valores estáveis, mas pagam por produtos cujos preços sobem frequentemente. Portanto passam a comprar menos. Menos compras, menos crescimento econômico, menos empregos. O Copom, do Banco Central, tem como meta, para 2021, inflação de 3,75%, com tolerância de 1,5% para mais ou para menos. Mas já se fala em 8%. Esperemos que, não obstante, a solidez e estabilidade do nosso mercado imobiliário resistam a mais essa intempérie!
Presidente do Sistema Cofeci/Creci
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