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Opinião

- Publicada em 04 de Outubro de 2021 às 03:00

O novo jeito de viver

Mais de um ano já se passou desde o início da pandemia e, depois de tanto tempo, os efeitos do distanciamento social estão cada dia mais cristalizados. Um deles diz respeito à nossa relação com o próprio entorno. Algumas pessoas seguem em uma rotina de isolamento em casa; outras já voltaram ao trabalho presencial, mas continuam frequentando um círculo limitado de espaços. Todos estão passando mais tempo em alguns poucos locais e isso determina diretamente a qualidade de vida.
Mais de um ano já se passou desde o início da pandemia e, depois de tanto tempo, os efeitos do distanciamento social estão cada dia mais cristalizados. Um deles diz respeito à nossa relação com o próprio entorno. Algumas pessoas seguem em uma rotina de isolamento em casa; outras já voltaram ao trabalho presencial, mas continuam frequentando um círculo limitado de espaços. Todos estão passando mais tempo em alguns poucos locais e isso determina diretamente a qualidade de vida.
Nesse contexto, alguns desejos despertam com clareza: queremos ambientes mais amplos, proximidade do verde, luz natural, respiros visuais. Não se trata necessariamente de luxo mas, sim, de uma atração que remonta até mesmo aos nossos instintos humanos. Há ainda necessidades imateriais, mas igualmente imprescindíveis: caminhar com os filhos em uma rua segura e arborizada, viver em um local com menos poluição sonora, contar com uma convivência saudável entre vizinhos, entre tantas outras.
Embora afloradas pela pandemia, essas aspirações não são recentes. Quando a escritora Jane Jacobs criticou os rumos da renovação do espaço público norte-americano na década de 1950, ela lançou as bases do que ficaria conhecido como Novo Urbanismo. Trata-se de um movimento que defende que os elementos essenciais ao dia a dia estejam reunidos possibilitando que uma mesma comunidade more, trabalhe, estude, divirta-se e aproveite a natureza sem a necessidade de grandes deslocamentos. Os gaúchos conheceram esse modelo, por exemplo, com o Prado, o primeiro bairro-cidade do Estado.
A tendência ganhou força com a Covid-19, mas ocorre independentemente dela. E isso nos traz importantes reflexões para o futuro. Como serão as cidades daqui para frente? Quais elementos urbanísticos e arquitetônicos serão priorizados? Como isso poderá representar uma vida com mais qualidade e de maior harmonia com o entorno?
Os números que demonstram o aquecimento do mercado imobiliário indicam, também, a vontade de mudança nos hábitos e prioridades das famílias. Mesmo diante de tantas consequências negativas, a pandemia nos fez repensar conceitos que já não funcionam mais. E alertou a humanidade a buscar uma vida com mais natureza, arte, contemplação e espírito comunitário. Que essa lição seja plenamente incorporada e que as pessoas aproveitem essa oportunidade para melhorar a forma que vivemos em sociedade.
CEO do Prado Bairro-Cidade
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