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Opinião

- Publicada em 01 de Setembro de 2021 às 03:00

A extinção gradativa da função de cobrador

Porto Alegre está atrasada há pelo menos 10 anos no debate sobre o fim dos cobradores de ônibus. Esta profissão está desaparecendo ao longo do tempo, conforme as cidades ampliam o uso de tecnologia. Umas estão mais atrasadas do que outras, mas o destino é o mesmo: uma profissão extinta, como telefonistas, datilógrafos ou vendedores de enciclopédias. O posto de cobrador de ônibus foi extinto totalmente em mais de 60 cidades brasileiras, como Belo Horizonte (MG) e Florianópolis (SC).
Porto Alegre está atrasada há pelo menos 10 anos no debate sobre o fim dos cobradores de ônibus. Esta profissão está desaparecendo ao longo do tempo, conforme as cidades ampliam o uso de tecnologia. Umas estão mais atrasadas do que outras, mas o destino é o mesmo: uma profissão extinta, como telefonistas, datilógrafos ou vendedores de enciclopédias. O posto de cobrador de ônibus foi extinto totalmente em mais de 60 cidades brasileiras, como Belo Horizonte (MG) e Florianópolis (SC).
No relatório que analisei a legalidade do projeto do Executivo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Vereadores, apontei que as consequências da extinção dos cobradores no transporte coletivo de ônibus em Porto Alegre é positiva por dois motivos. Primeiro, sobre o impacto no preço da passagem, que pode reduzir em até R$ 0,72 no preço atual. Segundo, tendo por base os princípios que regem a administração pública, como a eficiência e a economicidade, por exemplo, que não recomendam criar funções não essenciais no setor público com enormes encargos ao contribuinte.
Para quem prega a "manutenção dos postos de trabalho" a qualquer custo, defendo que não cabe ao Estado criar emprego e renda, muito menos por lei. Se fosse assim, bastava uma canetada e os atuais milhões de desempregados teriam um emprego às custas de quem paga impostos. Quem cria empregos é a iniciativa privada, são os empreendedores.
Vale lembrar que o projeto do governo atual é o mesmo proposto pela gestão passada (2017/2020), que previa acabar gradativamente com o cargo do cobrador. Não haverá demissões em massa. O projeto autoriza tão somente a retirada da obrigatoriedade de ter cobradores em todos os ônibus e em todas as linhas. Dos atuais 2.600 cobradores, mais de 1.000 devem se afastar até 1º de janeiro de 2026, por meio de aposentadorias, entre outros motivos. Os demais ganharão capacitação profissional para recolocá-los no mercado de trabalho. Portanto, todo o cuidado com estes profissionais está sendo tomado. Mas não podemos lutar com a evolução natural da sociedade. Enquanto algumas profissões desaparecem, outras são criadas. Assim é a vida.
Vereador de Porto Alegre (PSDB) 
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