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Opinião

- Publicada em 06 de Agosto de 2021 às 15:47

ESG e a economia de livre mercado

Milton Friedman afirmava que a economia de livre mercado é a mais eficiente no ambiente democrático. Para ele, a “mão invisível”, genial conceito criado por Adam Smith, autorregula o mercado com melhores resultados do que instituições estatais de repressão, preservando liberdades individuais.
Milton Friedman afirmava que a economia de livre mercado é a mais eficiente no ambiente democrático. Para ele, a “mão invisível”, genial conceito criado por Adam Smith, autorregula o mercado com melhores resultados do que instituições estatais de repressão, preservando liberdades individuais.
A recente preocupação corporativa com ESG, sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, parece comprovar essa assertiva. Em apertada síntese, trata-se de critério para avaliar o comprometimento empresarial com a preservação ambiental; responsabilidade social; e boas práticas de governança administrativa. São três frentes simultâneas que exigem compromisso verdadeiro, pois a multiplicidade de informações disponíveis torna relativamente simples descobrir a chamada “greenwashing”, ou seja, mera maquiagem publicitária.
Contrariando o que se poderia pensar à primeira vista, este compromisso não se contrapõe à lucratividade, ao contrário, é um instrumento eficaz para alcançá-la.
Sem atender critérios mínimos de ESG hoje é praticamente impossível atrair investimentos, especialmente externos. Isto porque, gestores de grandes fundos de investimento internacionais não estão dispostos a se relacionar com empreendimentos corporativamente incorretos do ponto de vista ético, social e ambiental. Além disso, bons índices de ESG agregam valor ao produto, na medida em que parcela considerável dos consumidores optam por pagar mais caro para não sujar suas mãos com a exploração do trabalho degradante, escravo ou infantil; com desmatamento irregular ou mesmo com a corrupção, para ficar nos exemplos mais comuns. Finalmente, em geral as empresas que atuam mediante compromissos de ESG têm a equipe mais qualificada e talentosa, pois especialmente entre os mais jovens a prioridade não é o salário, mas o propósito para quem se trabalha.
Ao fim e ao cabo, nota-se que a adesão aos compromissos ESG torna a empresa mais atraente para investimentos; agrega valor ao seu produto; além de gerar maior engajamento da equipe. Indiscutivelmente estas são ferramentas fundamentais na busca da lucratividade, mas o resultado final, como consequência, igualmente forma uma sociedade mais ética, sustentável, solidária e justa, resultado perseguido e dificilmente alcançado pelas instituições estatais de repressão. De fato, Friedman e Smith tinham razão.
Advogado
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