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Opinião

- Publicada em 11 de Julho de 2021 às 22:47

A dor no segundo parto

Acredito que a maioria das mães tem consigo o denominado amor incondicional pelos seus filhos muito em razão do compartilhamento visceral durante o período de nove meses, quando não prematuros, desenvolvendo assim, uma relação biológica e afetiva com seus futuros rebentos.
Acredito que a maioria das mães tem consigo o denominado amor incondicional pelos seus filhos muito em razão do compartilhamento visceral durante o período de nove meses, quando não prematuros, desenvolvendo assim, uma relação biológica e afetiva com seus futuros rebentos.
A expectativa de se tornarem mães de forma efetiva e afetiva e não apenas hospedeiras, tratando-se de barrigas de aluguel, gera muita ansiedade ao que há por vir em razão ao medo do desconhecido e incertezas quanto ao futuro de seus filhos.
Além de terem a posse dos filhos, pois os mesmos dependem de suas mães, tanto para alimentá-los como para protegê-los, nascemos inacabados, pois necessitamos de toda ajuda possível para sobrevivermos. Como se fala, “o adulto é o filho que deu certo”, porém, dada as circunstâncias da vida atual, essa necessidade de manter o ambiente dos filhos menos agressivo, condiciona as mães exercerem o sentimento de propriedade dos filhos favorecendo aos mesmos convencias à sua permanência sua proteção e amparo, física, financeira e emocionalmente.
Infelizmente, esse tipo de atitude tende a comprometer o ciclo de amadurecimento dos rebentos, retardando-lhes a maturidade e responsabilidade aos atos realizados. O mundo por eles vivenciado é sem risco e consequências, pois, principalmente as mães os tornam menos reais e convenientes aos arroubos autoritários e independentes daqueles que ainda não possuem a formação biológica, emocional e cognitiva para sustentar plenamente a autonomia de suas decisões.
Nas palavras da breve vida do poeta Cazuza: "As mães vivenciam dois partos, ao nascimento de seus filhos e aos torná-los livres para o mundo que os acolhe”. Esses segundo as tentam, em sua maioria, procrastinar o máximo possível, comportamento esse que se confunde entre o egoísmo e o medo de se perderem como objeto de desejo daquele que lhes outorgou um papel que lhes acompanhará até o fim de seus dias, o de mãe.
Cabe às mães, reverem esse papel que a natureza lhes proporcionou, que além de sublime na perpetuidade de nossa espécie, é tornar os infantes capazes de se adaptarem ao ambiente áspero e hostil quando comparado ao aconchego pleno do colo de suas progenitoras.
Somos o que somos em razão daquelas orientações que obtivemos em nossa formação, principalmente durante a nossa infância quando estamos formando a nossa personalidade e construindo nossos valores. Portanto, é de responsabilidade exclusiva das mães e pais, nesta ordem, tornarem-se os mentores de seus filhos para que seus medos, angústias e frustrações não sejam neles projetados. Torná-los resilientes às barreiras e dificuldades impostas aos seus sonhos e desejos, permitirá que sejam felizes às conquistas realizadas e maduros para superarem as frustrações vivenciadas.
Professor universitário, consultor e mentor
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