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Opinião

- Publicada em 06 de Julho de 2021 às 09:23

'O que estamos esquecendo?'

“92% dos conteúdos concebidos na história da humanidade foram criados nos últimos 2 anos”.
“92% dos conteúdos concebidos na história da humanidade foram criados nos últimos 2 anos”.
Ou seja, desde o dia em que a espécie humana ousou rabiscar a parede de uma caverna, passando pelos primeiros alfabetos orientais e pelas famosas revoluções, até o nal de 2018, a criação de conteúdo correspondeu a míseros 8% do total já produzido. Naturalmente, do início de 2019 até o momento em que escrevo este artigo, nossa espécie criou os restantes 92%. Entende-se aqui como conteúdo todas as criações informacionais ou de entretenimento já feitas, independente de assuntos ou formatos.
Como aceleramos tanto o processo de criação? Estamos mais criando do que absorvendo conteúdos? E quando a frase for “92% dos conteúdos concebidos na história da humanidade foram criados nos últimos 2 minutos”? Mas a principal das perguntas vem logo a seguir: “como criador de conteúdo para marcas, como consigo me diferenciar dentro desse universo innito e anárquico da criação?”
Na estante de livros de muitos quartos, nomes como Sean Ellis e Philip Kotler dividem o mesmo espaço com Fiódor Dostoiévski e Clarice Lispector. Obras literárias compartilham as prateleiras com gestão, marketing e empreendedorismo. É claro. O Marketing de Conteúdo é a união perfeita entre arte e resultado. É isso o que estamos esquecendo. Há duas mentalidades que precisam equilibrar-se no momento da criação.
De um lado, as métricas do mercado. “Esse conteúdo é compartilhável?”, “O nosso CTR vai aumentar com esse anúncio?”, “O comportamento da nossa persona é compatível com isso que estamos oferecendo?”. É o mundo dos KPIs e OKRs. Aqui, olha-se primeiro para o mercado e depois para o documento onde iremos produzir o conteúdo. E no outro lado, há a arte. E quando digo arte, me rero à essência artística, que não mora no mercado, mas nas emoções, nos detalhes inteligentes e na profundidade da abordagem. “Sobre o que eu sei falar?”, “sobre o que eu gosto de falar?”, “sobre o que eu quero falar?”.
É nítido quando o conteúdo é supercial e foi feito apenas para dizer que foi feito. Há muita identidade visual pouco atraente, textos supercialmente escritos e trabalhos incrivelmente fracos aprovados pelas empresas em suas redes sociais. Enquanto precisamos entender o que o negócio demanda e acompanharmos as métricas do mercado, também devemos compreender o que temos de único para colocarmos para fora e nos destacarmos em um mundo onde 92% das criações já feitas foram produzidas depois que o seu sobrinho de 2 anos nasceu.
Gerente de Planejamento Agência JKR
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