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Opinião

- Publicada em 23 de Junho de 2021 às 03:00

Os desafios de ser paratleta no Brasil

Faltando tão pouco tempo para o início dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2021, é preciso refletir sobre os inúmeros desafios que um atleta independente de esportes individuais enfrenta no Brasil. E para um paratleta, é ainda mais complicado. A falta de incentivo e de acesso à estrutura em diversas modalidades esportivas causa uma série de dificuldades, como o transporte e a realização dos treinos, assim como a aquisição de equipamentos e viagens para torneios, até mesmo para aqueles já premiados e de destaque em competições importantes.
Faltando tão pouco tempo para o início dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2021, é preciso refletir sobre os inúmeros desafios que um atleta independente de esportes individuais enfrenta no Brasil. E para um paratleta, é ainda mais complicado. A falta de incentivo e de acesso à estrutura em diversas modalidades esportivas causa uma série de dificuldades, como o transporte e a realização dos treinos, assim como a aquisição de equipamentos e viagens para torneios, até mesmo para aqueles já premiados e de destaque em competições importantes.
O fato é que no nosso País, os paratletas podem solicitar o Bolsa Atleta, incentivo do governo federal por meio do Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB, assim como os atletas olímpicos. Entretanto, eles devem atender uma série de pré-requisitos, como a participação em vários campeonatos nacionais e internacionais, para então fazerem parte do processo seletivo. O auxílio é dividido em cinco categorias e para os atletas serem contemplados devem estar vinculados a um clube, exceto os de nível estudantil. Aqui no Rio Grande do Sul, por exemplo, existe uma iniciativa por meio do Programa Pró-Esporte Governo do Estado, que em 2019 lançou o Edital "Pró-Esporte RS FEIE Novas Façanhas no Esporte", financiado pelo Fundo Estadual de Incentivo ao Esporte. Foram 24 projetos esportivos, sendo 10 para o paradesporto.
O projeto, elaborado e coordenado pelo Instituto Gaúcho Pró-Cidadania, do Vale do Paranhana, possibilitou que o esgrimista de cadeira de rodas Bruno Martins pudesse continuar com seus treinamentos diários mesmo em meio à pandemia da Covid-19, seguindo todos os protocolos de segurança e, principalmente, projetando competir pelo País afora e conquistar ainda mais medalhas.
Mas, infelizmente, nem todos os paratletas têm a oportunidade de Bruno, e ainda lutam incansavelmente e, na maioria das vezes, a prática esportiva é a única alternativa para a inclusão social, garantindo uma qualidade de vida melhor para eles e um futuro mais otimista e esperançoso para suas famílias. Por isso é tão fundamental que as autoridades governamentais, instituições públicas e a rede privada tenham a atenção voltada para esses atletas e, principalmente, lembrar que o Brasil não é só o país do futebol, mas é múltiplo, e que a todo momento surgem novas façanhas no esporte.
Coordenadora-Geral do Instituto Gaúcho Pró-Cidadania
 
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