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Opinião

- Publicada em 17 de Junho de 2021 às 16:20

Microcrédito, macro oportunidades

O município de Porto Alegre prepara a implementação de robusto programa de microcrédito local. O objetivo é ajudar os mais vulneráveis a ingressarem no círculo virtuoso do empreendedorismo, gerando renda, inteligência negocial e mobilidade social ascendente. A pobreza não é nem pode ser uma sentença perpétua à indignidade, exigindo ações governamentais vencedoras de inserção produtiva dos desfavorecidos nas lógicas do mercado e nas virtudes do trabalho.
O município de Porto Alegre prepara a implementação de robusto programa de microcrédito local. O objetivo é ajudar os mais vulneráveis a ingressarem no círculo virtuoso do empreendedorismo, gerando renda, inteligência negocial e mobilidade social ascendente. A pobreza não é nem pode ser uma sentença perpétua à indignidade, exigindo ações governamentais vencedoras de inserção produtiva dos desfavorecidos nas lógicas do mercado e nas virtudes do trabalho.
Em recente estudo especial, o Banco Central do Brasil foi categórico ao dispor que “a expansão quantitativa e qualitativa do microcrédito é uma prioridade” que “guiará as ações da Instituição nos próximos anos”. Ou seja, a ação municipal está inserida em amplo contexto estrutural de rearranjo creditício nacional que, historicamente, alija milhões de brasileiros do sistema financeiro tradicional, impedindo o primeiro passo em direção a uma vida melhor.
Sim, se queremos melhores respostas, não podemos repetir as surradas estratégias do passado. Agora, além do peixe, é fundamental ensinarmos a pescar. Logo, a concessão de microcrédito deve ser acompanhada por medidas educacionais aos beneficiários, cabendo às instituições de crédito fiscalizar o bom uso do numerário, evitando o desvio de finalidade ou o endividamento familiar crônico.
Numa época de impressionante riqueza de dados circunstanciais, é possível ao Poder Público reduzir a assimetria de informação, georreferenciando dinamicamente o público-alvo em atividades comerciais segmentadas; tal alavanca analítica possibilitará maior assertividade financeira, gerando margem para a queda dos custos finais da operação. Adicionalmente, a eventual constituição de fundos garantidores focais servirão como instrumentos de otimização e facilitação do acesso ao mercado a milhares de cidadãos gaúchos.
Nada na vida nasce grande e, não raro, pequenos gestos são capazes de impactos gigantescos. Eis aí a razão de ser do microcrédito: gerar macro-oportunidades a pobres e desfavorecidos, dignificando-os com práticas de mercado conscientes e inclusivas em um caminho de prosperidade civilizatória.
Advogado, membro da Comissão Temática de Economia/PMPA
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