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Opinião

- Publicada em 08 de Junho de 2021 às 15:38

Quando o entrevistador é mais jovem

Diversas mudanças no cenário trabalhista do Brasil vêm requerendo bastante atenção quanto ao planejamento de longo prazo na vida de todos nós, entre elas a reforma trabalhista de 2017, que legitimou acordos entre patrões e empregados, além de legalizar novas formas de contratação, como o trabalho intermitente. Contudo destaca-se, principalmente, a reforma da Previdência de 2019, a qual acrescerá, em média, 12 anos até que se alcance o benefício da aposentadoria.
Diversas mudanças no cenário trabalhista do Brasil vêm requerendo bastante atenção quanto ao planejamento de longo prazo na vida de todos nós, entre elas a reforma trabalhista de 2017, que legitimou acordos entre patrões e empregados, além de legalizar novas formas de contratação, como o trabalho intermitente. Contudo destaca-se, principalmente, a reforma da Previdência de 2019, a qual acrescerá, em média, 12 anos até que se alcance o benefício da aposentadoria.
Agora, segundo dados da pesquisa “Juventudes que Contam: Percepções e Políticas Públicas”, da Fundação Getúlio Vargas, o ano de 2021 marcará, após duas décadas, a primeira vez que a população brasileira entre 15 e 29 anos ficará abaixo de 50 milhões de habitantes. A pesquisa destaca ainda que a tendência brasileira é que, em 2060, essa população chegue a 34,43 milhões, ficando, proporcionalmente, entre as menores taxas do mundo.
Esse conjunto de fatores está apenas no início de uma grande tendência que nosso país viverá daqui para a frente: de que precisaremos estar no mercado de trabalho por muito mais tempo, e que o velado preconceito que refreia a contratação de pessoas de mais idade precisará ser discutido desde já.
Segundo o especialista na área e autor, Robin McKay Bell, entre as principais preocupações dos RHs na admissão de pessoas mais experientes para determinados cargos estão a inflexibilidade de um profissional mais velho trabalhar em equipe ou se subordinar a um mais jovem, uma menor energia laborativa, problemas de saúde mais frequentes e menos agilidade mental para lidar com novos aprendizados e com as mudanças, sem contar a plena inserção em um mundo totalmente digital e wireless. Assim como caberá ao mercado rever muitos desses pré-conceitos e abrir postos de trabalho levando em consideração um novo cenário laboral, sob pena de ficar sem mão-de-obra em um futuro próximo, caberá aos profissionais mais experientes provarem seu valor não apenas nas letras frias de um currículo, mas em ações de atualização constante, desenvolvimento de capacidade de adaptação e, principalmente, utilização de suas experiências práticas para que todos ao seu redor se desenvolvam e possam compartilhar e extrair de seus trabalhos aquilo que, via de regra, se procura: realização pessoal e profissional, seja para o entrevistado experiente que adentra uma empresa, seja para o entrevistador em começo de carreira.
Coach, gestor e professor, Canoas/RS
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