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Opinião

- Publicada em 31 de Maio de 2021 às 18:19

O que tem por trás do muro?

Estamos oficialmente na Guerra Fria porto-alegrense, com o nosso “Muro de Berlim”, que também é chamado de Muro da Mauá. Temos um lado socialista, onde tudo é estatal, nada pode e tudo é embargado. Do lado capitalista do Cais Mauá, temos vida, com comércio, restaurante e grandes marcas. Essa é a sensação de quem tem a experiência de transitar pelo lado de lá do muro. Quem já imaginou andar pela Mauá, olhar para o Guaíba e não ter uma barreira no meio do caminho? Contemplar o que temos de cartão postal é o sonho quase unânime dos porto-alegrenses, salvo àqueles que acreditam ter uma única solução para contenção de uma possível cheia. O tema está, novamente, na pauta entre Prefeitura e Governo do Estado, trazendo uma nova e empolgante perspectiva para nossa Capital. Chegou a hora de avançar no debate público.
Estamos oficialmente na Guerra Fria porto-alegrense, com o nosso “Muro de Berlim”, que também é chamado de Muro da Mauá. Temos um lado socialista, onde tudo é estatal, nada pode e tudo é embargado. Do lado capitalista do Cais Mauá, temos vida, com comércio, restaurante e grandes marcas. Essa é a sensação de quem tem a experiência de transitar pelo lado de lá do muro. Quem já imaginou andar pela Mauá, olhar para o Guaíba e não ter uma barreira no meio do caminho? Contemplar o que temos de cartão postal é o sonho quase unânime dos porto-alegrenses, salvo àqueles que acreditam ter uma única solução para contenção de uma possível cheia. O tema está, novamente, na pauta entre Prefeitura e Governo do Estado, trazendo uma nova e empolgante perspectiva para nossa Capital. Chegou a hora de avançar no debate público.
São 70 km de orla, desde a ponta do Gasômetro até a Praia do Lami. A extensão permite a prática de exercícios físicos, de momentos de descontração entre amigos, integrando diferentes tribos e reaproximando a cidade da sua história. A urbanização, os investimentos e a vontade de transformar o nosso Guaíba nesse leque de oportunidades nos traz a sensação de que estamos, de fato, avançando.
O edital de concessão que está sendo elaborado para o Cais Mauá deve incluir a diminuição ou até mesmo a demolição do muro. Estudos contratados pelo BNDES estão avaliando as alternativas e, enquanto isso, a prefeitura está buscando um parceiro que adote 750 metros do muro, para renovar a pintura e apresentar outras melhorias. Mesmo sendo uma proposta provisória de dois anos, é uma sinalização de que estamos avançando com o pensamento urbanístico da cidade. Construído no começo dos anos 1970, o muro foi projetado para fazer frente a uma enchente que completa 80 anos agora em 2021. Na impossibilidade de derrubada, a mera redução de altura para permitir a visão direta já mudaria a relação do centro da cidade com o Guaíba. Afinal, o muro é muito maior do que efetivamente é necessário e já se atestou tecnicamente a segurança de reduzir sua altura.
Já está se construindo um bom caminho, que transita pela recuperação de trechos da Orla, passando pelo investimento no Pontal, a inauguração do Embarcadero, alinhados com a revitalização do Centro Histórico, que também é tema em pauta. Quantos anos perdemos investimentos, turistas, geração de emprego e renda, enquanto as gestões insistiam em ficar de costas para o Guaíba? O potencial que um dos nossos principais cartões postais carrega, na véspera de completar 250 anos, soa como um presente a todos que vivem ou passam por aqui.
Vereador (Novo) de Porto Alegre
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