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Opinião

- Publicada em 12 de Maio de 2021 às 18:52

Por que admiro os prefeitos

Gilberto Jasper
Admiro os prefeitos que deixam a zona de conforto para encarar os desafios de uma crise sem precedentes de desafios inéditos. A dedicação ao município é remunerada, ok, mas o dinheiro não compra certas coisas. Como a tranquilidade de feriados e finais de semana ou os momentos com familiares e amigos. “A dedicação à vida pública muitas vezes significa sacrificar os negócios, os amigos e os familiares”. Ouço esta frase desde os oito anos de idade quando meu pai foi vereador na pequena Arroio do Meio. Em 1968, os vereadores não eram remunerados. refeito não tem sossego. Onde ele vai ouve queixas e pedidos. Raramente é elogiado. Na hora da missa, da ida ao mercado, na cancha de bocha, no futebol da várzea. É sempre assediado por pedidos de dinheiro, emprego ou “uma carga de brita ou saibro”.
Admiro os prefeitos que deixam a zona de conforto para encarar os desafios de uma crise sem precedentes de desafios inéditos. A dedicação ao município é remunerada, ok, mas o dinheiro não compra certas coisas. Como a tranquilidade de feriados e finais de semana ou os momentos com familiares e amigos. “A dedicação à vida pública muitas vezes significa sacrificar os negócios, os amigos e os familiares”. Ouço esta frase desde os oito anos de idade quando meu pai foi vereador na pequena Arroio do Meio. Em 1968, os vereadores não eram remunerados. refeito não tem sossego. Onde ele vai ouve queixas e pedidos. Raramente é elogiado. Na hora da missa, da ida ao mercado, na cancha de bocha, no futebol da várzea. É sempre assediado por pedidos de dinheiro, emprego ou “uma carga de brita ou saibro”.
Se não bastassem as agruras naturais do cargo, 2020 inaugurou um período de crise sem precedentes na história recente do mundo. Pandemia x trabalho, a batalha diária no abre-fecha que o Rio Grande do Sul assiste há um ano.
A pressão dos comerciantes para manter os negócios em funcionamento é legítima. Como é justa a reivindicação pelo “fecha tudo” para conter o vírus. O colorido das regiões, modelo protagonizado pelo governo do Estado, jamais teve um estudo científico para comprovar sua eficácia. A radicalização é o mal do mundo moderno. Não bastasse o fanatismo de uma legião de “sem noção”, as redes sociais tonaram muitos imbecis em “doutores do Google" e de outras ferramentas para fundamentar suas asneiras.
Quem apostou numa possível reconciliação entre os radicais com a instalação da crise sanitária errou feio. Nunca alimentei esperanças de que fosse promovida uma “mea culpa” coletiva para mitigar os efeitos da covid. Entenda bem, amigo leitor, não se trata de pessimismo crônico, mas de observações ao longo de 60 anos de idade e mais de 40 de jornalismo.
Como sempre, tudo que é ruim sempre pode (e vai) piorar. Duvidam? Então imaginem que os enfrentamentos diários que assistimos deverão se intensificar em 2022 porque será um ano de eleições. O que está por vir é difícil de prever, mas os prefeitos estarão no olho do furacão, lutando 24h por dia para cumprir a lei, atender ao pleito dos comerciantes e lutando pela vida. É um tremendo desafio, hein?
Jornalista
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