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Opinião

- Publicada em 10 de Maio de 2021 às 03:00

Passagem no comando da Sergs

A Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs) elegerá seus novos dirigentes no fim de maio. O engenheiro Luís Roberto Andrade Ponte, aos 87 anos, está concluindo a jornada na presidência da entidade quase centenária. Os associados puderam testemunhar, por dois mandatos seguidos, a capacidade de trabalho do cearense, cujo nome está gravado entre os grandes da Engenharia nacional. O legado impressiona.
A Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs) elegerá seus novos dirigentes no fim de maio. O engenheiro Luís Roberto Andrade Ponte, aos 87 anos, está concluindo a jornada na presidência da entidade quase centenária. Os associados puderam testemunhar, por dois mandatos seguidos, a capacidade de trabalho do cearense, cujo nome está gravado entre os grandes da Engenharia nacional. O legado impressiona.
Ponte é líder contumaz. Brilhante formulador de ideias. Rápido no raciocínio e na fala. Apologista do combate à pobreza a partir da atividade empresarial.
Prega a favor da Engenharia como se tivesse 30 anos. Assumiu a Sergs montando uma equipe de trabalho capaz de organizar eventos que devolveram à Sociedade a posição de polo gerador de debates sobre o presente e o futuro do País. Uma plêiade de engenheiros abnegados e voluntários.
Resumir a trajetória pública de Ponte não é fácil. A partir da maturidade como empresário no setor de obras de infraestrutura, presidiu o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do RS (1980-1989) e alternou vice-presidência e presidência da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (1983-1992). Reconhecido por seus pares, teve sua candidatura exitosa para deputado federal, em 1986, apoiada pelos construtores gaúchos. Outras vitórias eleitorais se repetiram posteriormente.
Como deputado constituinte, foi decisivo para a política habitacional brasileira. Propôs a criação do Conselho Nacional de Habitação (que sucedeu o Conselho de Administração do extinto BNH) e pleiteou o aumento dos prazos de financiamento. Em 1991, apresentou à Câmara o documento que viria a ser o embrião da Lei das Licitações (Lei 8.666/93). A iniciativa, marco na Engenharia nacional, buscava tornar obrigatória a realização de concorrência para contratação de serviços pelo poder público.
A Sergs foi fundada em 10 de junho de 1930. A entidade congrega engenheiros para os quais a Engenharia é uma espécie de sacerdócio. Esse modo de vida os une. As entidades co-irmãs mais destacadas no Brasil são o Instituto de Engenharia (SP) e o Clube de Engenharia (RJ). Ponte, que atravessou a jornada da pandemia trabalhando a pleno e liderando reuniões, se unirá ao grupo seleto de líderes da Engenharia gaúcha, ex-presidentes da Sergs: Nelson Kalil Moussalle, Cylon Rosa Neto, Newton Quites e Romano Botin. O bastão troca de mãos. Fique por perto nos orientando, Dr. Ponte!
Membro do Conselho Deliberativo da Sociedade de Engenharia
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