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Opinião

- Publicada em 03 de Maio de 2021 às 18:12

Pobres crianças e jovens brasileiros

Jocelin Azambuja
Estávamos há mais de um ano sem aulas presenciais na maior parte das escolas e universidades brasileiras, públicas e privadas, em função do medo do coronavírus. Dizem que todos receberam aulas remotas, de professores remotos. Alguém acredita que são verdadeiras aulas e todos assistem?
Estávamos há mais de um ano sem aulas presenciais na maior parte das escolas e universidades brasileiras, públicas e privadas, em função do medo do coronavírus. Dizem que todos receberam aulas remotas, de professores remotos. Alguém acredita que são verdadeiras aulas e todos assistem?
A Inglaterra foi um dos países com maior número de casos e mortes devido à Covid-19 na Europa. Tenho familiares lá, uma neta com 14 anos, estudando, que teve aulas presenciais na maior parte do ano de 2020, cerca de 7 meses. Este ano reiniciaram as aulas presenciais em março, professores e funcionários todos mais felizes. Não receberam ainda vacinas, mas fazem testagens.
Nossas crianças e jovens estavam confinados há mais de 1 ano e sofriam, seus pais, com medo de perder o seu bem mais precioso diante de parte da mídia bombástica, na sua maioria assistiam esperando as aulas, especialmente do Ensino Fundamental e universidades. No Brasil temos uma situação inédita: o Poder Judiciário entende mais de Covid que autoridades médicas, pesquisadores e governantes. No seu máximo poder disse que o presidente não pode coordenar o combate à pandemia, só dar dinheiro a governadores e prefeitos que saberão combater a doença, mas estes subordinados ao Judiciário de seus Estados que dizem quando podem ou não ter aulas presenciais e outras ações.
Lembro ainda que quando tivemos surto de meningite na década de 80, minhas filhas eram pequenas, crianças morreram e nada parou, assim como no surto do HN1 nos anos 2009/2010, qual a diferença para hoje? Qual o futuro dessa geração que foi passada de ano em 2020 e que poderia ser também em 2021? Recordo-me que quando os professores faziam greves todos diziam "um ano perdido na educação". E agora?
Na Inglaterra para onde viajo há muitos anos, nunca vi notícias de interferência do Poder Judiciário nos atos do Executivo na pandemia, o primeiro-ministro com o Parlamento e seus ministérios atuaram em prol do povo e estão vencendo. Aqui, tudo ao contrário parece até que não temos Constituição, pois uma caneta não eleita pelo povo é mais forte que ela. O ativismo político está acima da doença.
Uma geração de estudantes perdida, sem qualidade de conhecimento, uma educação mais fracassada e no futuro uma força de trabalho mais desqualificada, com o aumento maior da distância entre ricos e pobres. É o que queriam mesmo?
Ainda está em tempo de corrigir a rota e o Judiciário unir-se ao Executivo, Parlamento e ao povo, para resgatar um pouco do que sobrou do nosso Brasil, pelo futuro de nossas crianças e jovens. Antes que seja tarde demais.
Advogado
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