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Opinião

- Publicada em 26 de Abril de 2021 às 03:00

Comunicação e ação

Você está tomando os cuidados para reduzir o risco de contaminação pelo coronavírus? Sim, doutor, eu estou... o problema são as visitas! Esse fragmento de diálogo, até divertido se fosse em outros tempos e não fosse cruelmente real, ilustra um aspecto fundamental da batalha sanitária que estamos vivendo: estamos falhando na comunicação. Comunicar ciência tornou-se uma prioridade, preocupação de órgãos públicos e privados e um assunto estabelecido de educação. O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos estima que 20% a 30% das prescrições de doenças crônicas não são seguidas. Se incluirmos recomendação de parar de fumar ou realizar atividade física, os números podem ser piores.
Você está tomando os cuidados para reduzir o risco de contaminação pelo coronavírus? Sim, doutor, eu estou... o problema são as visitas! Esse fragmento de diálogo, até divertido se fosse em outros tempos e não fosse cruelmente real, ilustra um aspecto fundamental da batalha sanitária que estamos vivendo: estamos falhando na comunicação. Comunicar ciência tornou-se uma prioridade, preocupação de órgãos públicos e privados e um assunto estabelecido de educação. O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos estima que 20% a 30% das prescrições de doenças crônicas não são seguidas. Se incluirmos recomendação de parar de fumar ou realizar atividade física, os números podem ser piores.
Mesmo que a informação seja abundante e acessível, não estamos conseguindo fazer as pessoas usarem máscaras de forma correta ou lavar as mãos. Falta uma ponte entre comunicação e ação.
As mudanças podem ser difíceis, seja por falta de compromisso, interesse ou compreensão. As condições socioeconômicas, tratamentos inacessíveis ou as condições de vida difíceis têm papel eloquente na capacidade de adesão a recomendações médicas. Um remédio muito caro, mesmo que bem indicado, não será realidade para quem concentra esforços em comprar a comida dos filhos. A falha em seguir recomendação médica é, também, um problema caro.
A American College of Preventive Medicine estimou que a não adesão era responsável, antes da pandemia, por pelo menos 10% das hospitalizações. Não temos dados atuais ou para nossa realidade, mas é justo imaginar que sejam ainda mais assustadores em condição de uma tragédia sanitária.
O consenso é que estamos falhando, de alguma forma, em dar solução para um número gigantesco de pessoas, o que leva a uma quantidade inaceitável de mortes evitáveis. Com todos cansados, os pensamentos binários e beligerantes são mais frequentes. Não existe solução simples, mas concentrar esforços naqueles pontos de menor desalinhamento, como benefício de máscaras e vacinas, pode contribuir para colocar todos na mesma direção.
Uma situação complexa como a pandemia não pode ser levada por antíteses simplistas como liberdade e ditadura, direita e esquerda, amigo e inimigo, como amor e ódio.
Médico oncologista
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