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Opinião

- Publicada em 25 de Março de 2021 às 13:47

Sairemos diferentes dessa pandemia

Há pouco mais de um ano, quando do primeiro discurso da época pandêmica, do então primeiro ministro de Saúde que enfrentou o tema, uma expressão me chamou a atenção: ‘Sairemos diferentes dessa pandemia’. Poderia se pensar que o momento de dificuldade inédita que viveríamos pudesse ter o condão de gerar união e uma força sinérgica comum a uma sociedade dividida e polarizada após o último pleito, mas pelo que se vê não é o que ocorreu e caminhamos a passos largos no sentido oposto.
Há pouco mais de um ano, quando do primeiro discurso da época pandêmica, do então primeiro ministro de Saúde que enfrentou o tema, uma expressão me chamou a atenção: ‘Sairemos diferentes dessa pandemia’. Poderia se pensar que o momento de dificuldade inédita que viveríamos pudesse ter o condão de gerar união e uma força sinérgica comum a uma sociedade dividida e polarizada após o último pleito, mas pelo que se vê não é o que ocorreu e caminhamos a passos largos no sentido oposto.
Infelizmente, o que se viu foi a polarização de posições que aqui no RS chamamos de ‘Grenalização’, gerando disputas que independente da natureza que possam ostentar, ideológica, interesse econômico, partidário, enfim, não alteram o resultado nefasto da falta de sinergia entre os governantes que se espelha na população.
Somam-se a isso os sentimentos pessoais que cada indivíduo desenvolve ante a situação extrema e inédita que vivemos e temos uma verdadeira digladiação e beligerância de ideias e argumentos que se distanciam da ciência (e sim a ciência deve dar uma resposta neutra, precisamos de uma fonte segura) onde sempre se buscou alicerce para medidas e agora também é atacada (como também é o mensageiro) por servir de fundamento para afastar argumentos da outra parte que entende de forma diversa. Perdemos tempo e energia e deixamos o verdadeiro inimigo ir a forra entre os pólos divididos.
Enfim, tenho que ficou latente durante a pandemia que a sociedade espelha seus governantes e a recíproca procede e o que se vê é a falta de seriedade, de empatia, e a sombra de egoísmo ao defender medidas restritivas em uma situação econômica favorável e mandar às favas quem não a tem e, também, ao perderem tempo insistindo em um tratamento sem comprovação enquanto deixaram de se abraçar com total empenho à única medida até agora de eficácia comprovada que é a vacina.
No momento em que fomos testados de forma severa, dividimos nossas forças em sentidos opostos, gerando resistência que só favoreceu o vírus e escancaramos uma doença que é maior que a Covid-19 e esteve aparentemente velada. Ainda não posso desistir, tenho um filho pequeno para criar e sigo sendo um otimista, não um sonhador e nem um pessimista, e penso que a solução não se encontra nos extremos das pontas, mas, sim, de nos encontrarmos no meio da caminhada.
Advogado
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