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Opinião

- Publicada em 25 de Março de 2021 às 03:00

O Centro como presente

Rafael Padoin Nenê
As cidades mundo afora ilustram, através da sua arquitetura urbana, tanto os traços de suas colonizações como o resultado dos planos de manejo aplicados nos anos decorrentes, que falam pelos desejos locais de expansão, preservação e modernização. Mesmo que em alguns locais do Brasil, nossa Capital seja um bom exemplo, estes três vetores não consigam se entender, uma coisa é certa - todos desejam interagir com suas cidades com mais qualidade, segurança e entretenimento. Na semana em que Porto Alegre completa 249 anos, gostaria de propor um maior respeito ao seu Centro Histórico e, em época de pandemia e cuidados com a saúde, um convite a todos os porto-alegrenses (e demais gaúchos) para que apliquemos uma massagem cardíaca ou uma respiração boca-a-boca para salvá-lo. Mesmo antes das restrições impostas pela Covid-19, que aniquilou o comércio da região, a descontinuidade do uso residencial já acumulava pobreza, sujeira, insegurança e desvalorização imobiliária, formando um ciclo doente e deixando-o à beira da morte.
As cidades mundo afora ilustram, através da sua arquitetura urbana, tanto os traços de suas colonizações como o resultado dos planos de manejo aplicados nos anos decorrentes, que falam pelos desejos locais de expansão, preservação e modernização. Mesmo que em alguns locais do Brasil, nossa Capital seja um bom exemplo, estes três vetores não consigam se entender, uma coisa é certa - todos desejam interagir com suas cidades com mais qualidade, segurança e entretenimento. Na semana em que Porto Alegre completa 249 anos, gostaria de propor um maior respeito ao seu Centro Histórico e, em época de pandemia e cuidados com a saúde, um convite a todos os porto-alegrenses (e demais gaúchos) para que apliquemos uma massagem cardíaca ou uma respiração boca-a-boca para salvá-lo. Mesmo antes das restrições impostas pela Covid-19, que aniquilou o comércio da região, a descontinuidade do uso residencial já acumulava pobreza, sujeira, insegurança e desvalorização imobiliária, formando um ciclo doente e deixando-o à beira da morte.
Precisamos de união em prol de políticas de incentivos econômicos para que o bairro possa ser reintegrado ao restante da cidade. É necessário fazermos voz ativa aos incrementos que favoreçam investimentos a serem aplicados em reformas, retrofits, cultura e diversão para atrair hotéis de redes e também os consagrados hotéis-boutique, fomentando o residencial e o convívio nos finais de semana. Precisamos, enfim, mudar a chave, iniciar um novo ciclo de uso e costumes. E para isto os imóveis são os únicos agentes. De especial interesse para os amantes da preservação e identidade cultural, estamos falando dos imóveis já existentes. Em sua maioria, serão estes os precursores desta transformação, pois a remodelagem interna e sua ampliação, pela sobreposição de andares ou metragem, devidamente licenciados, os premiará não apenas com novas diretrizes de segurança e conforto mas também adequação e renovação de suas fachadas mantendo sua originalidade nos casos possíveis. A partir disto poderemos esperar contrapartidas de empreendedores que refletirão nas calçadas, praças, iluminação, canteiros, imóveis protegidos e sinalização. O Centro Histórico se recupera, a cidade fica mais saudável e todos os gaúchos saem ganhando.
Nos próximos dias, a prefeitura pretende levar ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental um projeto de lei a ser apreciado pela Câmara dos Vereadores. Vamos torcer para que a "cura venha de dentro".
Vice-presidente do Secovi/Agademi
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