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Opinião

- Publicada em 23 de Março de 2021 às 03:00

O momento exige oxigênio

O momento exige cautela, cuidado. Nenhum gestor, público ou privado, nega a delicadeza do atual cenário. Causa? Pode haver inúmeras, de ordem social, sanitária ou mesmo econômica. Mas o momento exige também oxigênio. E muito mais que um gás essencial, o oxigênio se torna energia de sobrevivência.
O momento exige cautela, cuidado. Nenhum gestor, público ou privado, nega a delicadeza do atual cenário. Causa? Pode haver inúmeras, de ordem social, sanitária ou mesmo econômica. Mas o momento exige também oxigênio. E muito mais que um gás essencial, o oxigênio se torna energia de sobrevivência.
Energia essa para os que precisam de cuidados médicos, mas também energia para os que precisam se manter sadios fora da rede hospitalar. Rede essa que cada vez chega mais ao seu limite de esgotamento físico e mental. Não sejamos injustos com quem há mais de 360 dias luta, dias e noites, para que seus pacientes voltem recuperados para suas casas e reencontrem seus entes queridos.
Mas foquemos um pouco no oxigênio das pessoas que até aqui estão sãs. As que estão aqui fora. A gestão pública, por mais bem intencionada que seja, precisa analisar causas e consequências de seus atos. Retirar o oxigênio, restringi-lo ao nível mínimo, talvez seja o tiro de misericórdia que diversos setores não poderiam receber agora.
Na ânsia de tentar chegar a seus objetivos, governantes se veem sem escapatória para tomada de decisões, às vezes ilógicas, sem análise de resultados práticos ou mesmo capacidade fiscalizatória. Selecionar tipos de produtos aptos a serem vendidos, setores aptos a trabalharem, horários a serem liberados para aberturas - isso nada mais é que selecionar os que podem ter oxigênio, os que podem receber uma chance de abertura ou mesmo empurrar os que precisam viver à margem da lei para que consigam, pelo menos, respirar.
Cabe a nós, gestores públicos - eleitos, nomeados ou concursados - olhar o todo, causas e consequências de nossos atos e decisões, visando superar problemas, sanitários ou econômicos. De saúde física ou mental. Mas cabe a nós, também, dedicarmos toda e qualquer energia na efetivação de alternativas inovadoras e um olhar delicado aos que precisam sobreviver aqui fora.
Oxigênio é energia para todos e temos visto cada vez mais ele rarefeito, lá dentro ou aqui fora.
Secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Porto Alegre
 
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