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Opinião

- Publicada em 12 de Março de 2021 às 15:25

Elefantes brancos

Sou do tempo em que obras públicas caras e pouco úteis eram chamadas de “elefantes brancos” e, como repórter, fiz matérias sobre muitas delas neste Brasil de obras defeituosas ou inacabadas. Os empreiteiros, espertos, apresentam seus projetos arquitetônicos para os políticos no início dos mandatos como se eles resolvessem determinado problema urbano e tornariam o mandatário do Executivo um gestor eficiente. Sabem, de antemão, que a obra será inaugurada quando o mandato se aproximar do fim e que, quando ela ruir, o mandatário que autorizou a sua construção já foi substituído. Aqui em Porto Alegre, durante uma década, teve a turminha dos estacionamentos subterrâneos, que recentemente, desistiu da ideia diante da lógica impeditiva chamada lençol freático. Mas, o prefeito anterior, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) foi seduzido e até aprovaria a construção de uma Roda Gigante “das maiores do mundo”, que seria montada na Orla do Guaíba não fosse a crise econômica provocada pela pandemia do vírus chinês, que “desautorizou investimentos desta envergadura”, conforme ele próprio reconheceu. Agora, na onda da revitalização do Centro Histórico, surge a proposta de construção de um caríssimo “parque suspenso” sobre os trilhos do Trensurb, na avenida Mauá, inspirado no Hight Line Park, construído sobre uma ferrovia “desativada” em Nova Iorque. Não conheço Nova Iorque e nem Miami, até porque os enxovais de meu filho, o advogado Márcio Becker, e da minha neta, Maria Eduarda, foram comprados no comércio local.
Sou do tempo em que obras públicas caras e pouco úteis eram chamadas de “elefantes brancos” e, como repórter, fiz matérias sobre muitas delas neste Brasil de obras defeituosas ou inacabadas. Os empreiteiros, espertos, apresentam seus projetos arquitetônicos para os políticos no início dos mandatos como se eles resolvessem determinado problema urbano e tornariam o mandatário do Executivo um gestor eficiente. Sabem, de antemão, que a obra será inaugurada quando o mandato se aproximar do fim e que, quando ela ruir, o mandatário que autorizou a sua construção já foi substituído. Aqui em Porto Alegre, durante uma década, teve a turminha dos estacionamentos subterrâneos, que recentemente, desistiu da ideia diante da lógica impeditiva chamada lençol freático. Mas, o prefeito anterior, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) foi seduzido e até aprovaria a construção de uma Roda Gigante “das maiores do mundo”, que seria montada na Orla do Guaíba não fosse a crise econômica provocada pela pandemia do vírus chinês, que “desautorizou investimentos desta envergadura”, conforme ele próprio reconheceu. Agora, na onda da revitalização do Centro Histórico, surge a proposta de construção de um caríssimo “parque suspenso” sobre os trilhos do Trensurb, na avenida Mauá, inspirado no Hight Line Park, construído sobre uma ferrovia “desativada” em Nova Iorque. Não conheço Nova Iorque e nem Miami, até porque os enxovais de meu filho, o advogado Márcio Becker, e da minha neta, Maria Eduarda, foram comprados no comércio local.
Quanto a este anunciado elefante branco, espero que a direção do Trensurb examine a proposta do projeto com lucidez e, diplomaticamente, mostre para a Prefeitura a sua inutilidade e a sua impraticabilidade. Até porque o parque norte-americano inspirador foi construído sobre uma ferrovia “desativada” e não imagino que os milhares de passageiros do nosso trem desejam viajar por um túnel caro e desnecessário. Ademais, nem os passageiros do trem e nem os moradores do Centro foram ouvidos sobre o projeto, que só deve interessar a quem for construí-lo.
E, se é para embelezar o Centro da cidade, a Prefeitura poderia começar com a herança maldita da Vila Santa Terezinha, a antiga Vila dos Papeleiros, na Voluntários da Pátria, que se constitui num cartão-postal da eficiência do Poder Público desta cidade.
Jornalista
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