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Opinião

- Publicada em 02 de Março de 2021 às 14:37

Diversidade em Conselhos é pauta no século XXI

Espero que daqui a alguns anos, falar sobre diversidade seja um assunto sem sentido e desconexo da realidade. Espero que você que esteja lendo esse texto daqui a uns 30 anos tenha um misto de indignação e assombro, de como em pleno século XXI, mulheres, negros e todos os grupos minorizados, ainda lutavam por equidade e igualdade de oportunidades no mercado corporativo.
Espero que daqui a alguns anos, falar sobre diversidade seja um assunto sem sentido e desconexo da realidade. Espero que você que esteja lendo esse texto daqui a uns 30 anos tenha um misto de indignação e assombro, de como em pleno século XXI, mulheres, negros e todos os grupos minorizados, ainda lutavam por equidade e igualdade de oportunidades no mercado corporativo.
Estamos em março de 2021, um dia qualquer, em um lugar qualquer do Brasil, ainda vivendo em um período pandêmico, a Era Covid – E.C, originada por um vírus que dizimou milhares de vidas, entre o luto e a esperança de uma vacina efetiva para todos, seguimos pautando a importância de as organizações promoverem a inclusão social e serem agentes de transformação para uma sociedade mais igualitária.
No ápice da pandemia, as desigualdades sociais tornam-se mais explícitas, o assassinato de um homem negro nos EUA, culmina em uma série de protestos sobre a questão do preconceito racial - o movimento Black Lives Matter ganha uma proporção mundial, e traz luz ao racismo estrutural no Brasil. As organizações são impelidas a se posicionar para além de notas de apoio, ou simples notas de repúdio. Investidores institucionais passaram a exigir um report claro sobre como as ações de diversidade, das empresas investidas, como, por exemplo, Human Capital Management Coalition e State Street Global Advisors (SSGA), divisão de gerenciamento de ativos da State Street Corporation. (1)
Em terras tupiniquins, o tema da Diversidade, principalmente em conselhos de administração, avança em passos lentos. O estudo 2020 U.S. BoardIndex S&P 500, da Spencer Stuart, somente 11% dos cargos em conselhos são ocupados por mulheres. E se fizemos o recorte racial, chegamos a menos de 0,5%. Mesmo cientes, que mais diversidade aumenta a lucratividade e inovação, ainda há muita relutância em mudar o status quo.
O crescente ativismo nas questões de ESG (Environmental, Social and Governance), fortalece a importância de uma corporação mais diversa, resiliente e inovadora, que possa se adaptar rápido às mudanças e tenha uma atuação assertiva em momentos de crise, como o que vivemos. Como discutir estratégia quando a cultura do conselho e background dos conselheiros é praticamente homogênea? O que torna imperativo para as empresas a coragem de propor uma mudança ativa, e buscar construir um pipeline de colaboradores mais diversos, inclusive e principalmente nos conselhos.
Por convicção ou conveniência, o momento é agora. As empresas que conseguirem sair do discurso à prática, nesse tema especificamente, terão seus riscos reputacionais mitigados e ampliarão a capacidade de atrair e reter talentos, e principalmente um olhar diferenciado dos investidores, clientes e demais stakeholders.
Analista social
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