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Opinião

- Publicada em 23 de Fevereiro de 2021 às 15:46

Governador, mantenha as academias abertas!

Diante da atribuição de bandeira preta para várias regiões do Estado em razão da diminuição da oferta de leitos hospitalares para tratamento da Covid-19, como estipulado no decreto editado nesta última sexta-feira, muitas atividades de comércio e de serviços deverão suspender as suas atividades por vários dias, pelo menos. De um lado, está a necessidade de preservar vidas, o que é louvável, e, de outro, a não menos importante de permitir a centenas de milhares de gaúchos garantirem seus empregos, atividades econômicas e, ao fim e ao cabo, o sustento de suas famílias.
Diante da atribuição de bandeira preta para várias regiões do Estado em razão da diminuição da oferta de leitos hospitalares para tratamento da Covid-19, como estipulado no decreto editado nesta última sexta-feira, muitas atividades de comércio e de serviços deverão suspender as suas atividades por vários dias, pelo menos. De um lado, está a necessidade de preservar vidas, o que é louvável, e, de outro, a não menos importante de permitir a centenas de milhares de gaúchos garantirem seus empregos, atividades econômicas e, ao fim e ao cabo, o sustento de suas famílias.
Não é diferente o que está ocorrendo com o setor das academias e de prática de esportes em geral (que agoniza). Mas os prejuízos não são apenas para empresários e profissionais deste setor; os frequentadores também saem perdendo, e muito. Há estudos científicos, dentre eles o divulgado pela FAPESP e que consta no artigo “Physical Activity Decreases the Prevalence of Covid-19-associated Hospitalization: Brazil Extra Study”, que confirmam que a hospitalização de pessoas fisicamente ativas é 34% menor em comparação às sedentárias. Só por aí, em uma análise econômica, há uma considerável redução dos gastos públicos com internações. Já um estudo da Universidade de Stanford, na Califórnia, publicado na revista Nature, considera o risco de contaminação, não tanto pelo lugar em si, mas sim pelo não uso da máscara. Ora, acredita-se que a maioria das academias fiscaliza o uso desta pelos seus alunos.
Ademais, outra alternativa ao fechamento é o agendamento das aulas ou a estipulação de um teto de ocupação para evitar qualquer tipo de aglomeração. Algumas academias até mesmo tiveram a criatividade de conceder desconto em mensalidades para alunos terem aulas em horários tipicamente menos movimentados.
Não é novidade e nem precisa ser expert para saber que a prática regular de exercícios físicos estimula a produção de vários hormônios, dentre eles a endorfina, também conhecido como o hormônio do bem-estar/felicidade, e que auxilia na prevenção/tratamento da depressão e da ansiedade. Tenho conversado com médicos e estes acreditam que a prática regular de exercícios físicos proporciona ganhos reais para a criação/potencialização de defesas para o organismo humano, o que não ocorre nos indivíduos de vida sedentária. Então, senhor governador, antes de manter em casa milhares de gaúchos que costumam frequentar as academias, pede-se que se faça uma análise, à luz do estudo acima mencionado, acerca da possibilidade deste setor poder continuar a oferecer os seus serviços (essenciais), ainda que com restrições.
Advogado e professor de Direito
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