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Opinião

- Publicada em 04 de Fevereiro de 2021 às 03:00

Dores do crescimento do mercado de capitais

O mercado de capitais tem visto um crescimento notável no número de investidores na bolsa de valores ao longo dos últimos anos. Estima-se que atualmente esse número esteja na ordem de três milhões. Existe, no entanto, um número absurdamente maior de investidores (25 milhões) que investem no mercado acionário através de fundos de investimento. Os fundos fecharam o ano com R$ 5 trilhões de patrimônio líquido, colocando o Brasil na 11ª posição entre as maiores indústrias de fundos do mundo. Acontece que o mercado de investimentos brasileiro é incipiente e não está preparado para este rápido crescimento.
O mercado de capitais tem visto um crescimento notável no número de investidores na bolsa de valores ao longo dos últimos anos. Estima-se que atualmente esse número esteja na ordem de três milhões. Existe, no entanto, um número absurdamente maior de investidores (25 milhões) que investem no mercado acionário através de fundos de investimento. Os fundos fecharam o ano com R$ 5 trilhões de patrimônio líquido, colocando o Brasil na 11ª posição entre as maiores indústrias de fundos do mundo. Acontece que o mercado de investimentos brasileiro é incipiente e não está preparado para este rápido crescimento.
Enquanto alguns agentes autônomos buscam excelência no atendimento, outros buscam, a todo custo, aumentar o número de clientes. O investidor desassistido que resolver migrar de uma corretora para outra terá, certamente, uma dor de cabeça imensa. Se você já tentou transferir recursos, você sabe do que eu estou falando. E não por incompetência das corretoras - o que é muito comum, principalmente nas maiores do país -, mas por pura incompetência dos próprios gestores.
Ao mesmo tempo que o número de gestoras de fundos de investimentos se multiplicou, não houve investimento suficiente no backoffice para dar suporte às suas operações. Isso fica patente ao tentar se transferir a custódia de um fundo de uma corretora para outra. É inadmissível que uma operação do tipo, com toda tecnologia que já temos, demore mais de alguns poucos dias, mas é isto que acontece. O pior é que não existe legislação a respeito e as gestoras lidam com o assunto da melhor forma que lhes convier.
Enquanto a possibilidade de portabilidade não for real, não teremos liberdade para investir. Apenas uma farsa, orquestrada pelas gestoras e, na maioria das vezes, pelas próprias corretoras, sem qualquer auxílio do regulador (CVM), cuja única função de existir é a proteção dos investidores.
Se os investidores não reagirem e denunciarem publicamente esse descalabro, o mercado de capitais brasileiro, mais uma vez, estará fadado ao fracasso.
Advogado e associado do Instituto de Estudos Empresariais
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