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Opinião

- Publicada em 14 de Janeiro de 2021 às 15:25

A falácia de Macron e a soja brasileira

Livre de desmatamento desde 2008, a soja produzida no bioma Amazônia representa apenas 10% de toda a produção nacional. Ao contrário do que afirmou esta semana o presidente francês Emmanuel Macron de que: “comprar soja do Brasil é endossar desmatamento da Amazônia”.
Livre de desmatamento desde 2008, a soja produzida no bioma Amazônia representa apenas 10% de toda a produção nacional. Ao contrário do que afirmou esta semana o presidente francês Emmanuel Macron de que: “comprar soja do Brasil é endossar desmatamento da Amazônia”.
Todas as áreas de preservação permanente dentro das propriedades rurais brasileiras são intocadas pelo homem, respeitando a porcentagem conforme as características, ou do bioma, ou do estipulado no Código Florestal (Lei 12651/2012).
Com a previsão de uma safra recorde de grãos no Brasil, a França busca, na realidade, se posicionar no mercado. Ao imprimir discursos falaciosos, desqualificando e manchando a imagem do agro brasileiro, Macron quer que seus produtos sejam competitivos nas prateleiras, já que o custo de produção deles é muito maior.
Enquanto isso, a esquerda brasileira compra este discurso ideológico, passando ao resto do mundo uma visão deturpada da realidade. De acordo estudos da Embrapa em 2020, na Argentina houve um crescimento de 286% nas queimadas, enquanto no Brasil houve apenas 4% e, se analisado o bioma Amazônia individualmente, houve uma queda de 7%, em relação a 2019. Alguém viu o Macron falar algo da Argentina?
A cadeia produtiva da soja no Brasil emprega cerca de 1,4 milhão de pessoas, reunindo mais de 240 mil produtores, tendo a estimativa para colheita em 2021 de quase 130 milhões de toneladas.
Há tempos, o presidente francês faz alardes à imprensa mundial sobre o Brasil, usando o meio ambiente como pano de fundo, com a nítida intenção de criar uma guerra comercial de commodities com nosso país.
O que impressiona nem são as declarações infelizes de Macron, mas quem replica o que ele diz, com ar de espanto e alarmismo, sem nem mesmo se preocupar em conhecer a realidade da excelência nas técnicas da produção agrícola nacional.
Jornalista, acadêmico de Ciências e Tecnologia UFRGS
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