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Opinião

- Publicada em 06 de Janeiro de 2021 às 03:00

A diversidade e a segurança

As pessoas só se lembram de algo quando isso faz falta, ou quando pesa no bolso. Os habitantes do Amapá que o digam, pois, quando faltou energia, deram-se conta que da energia elétrica vem a água, a internet, a telefonia, o atendimento de saúde etc.
As pessoas só se lembram de algo quando isso faz falta, ou quando pesa no bolso. Os habitantes do Amapá que o digam, pois, quando faltou energia, deram-se conta que da energia elétrica vem a água, a internet, a telefonia, o atendimento de saúde etc.
A energia elétrica é um bem comum, vital para a vida moderna e para produzi-la tem uma indústria de geração, transmissão e distribuição. A energia precisa ter quantidade e qualidade em todos os segundos do dia e todos os dias da semana. Um portfólio de fontes de energia é necessário para dar a segurança energética. No Amapá ficou evidente a necessidade de energia despachável vinda de uma fonte fóssil, o petróleo, cara, porém segura.
Neste momento, no Sudeste e Sul, com uma pandemia que reduziu o consumo de energia, vemos nossa capacidade de armazenagem de energia nos reservatórios hidrelétricos ficar em níveis preocupantes, abaixo de 18% no início de dezembro. Temos as nossas usinas térmicas acionadas ao máximo para preservar a água nos reservatórios.
Como exemplo, no dia 02 de dezembro, foram despachados 1.247 MW de todas as usinas termelétricas a carvão nacional em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, gerando a custos menores que a gás natural e petróleo. Como aconteceu em julho, quando exportamos energia termelétrica a carvão para a Argentina, agora é o inverso, cerca de 2.500 MW do Uruguai e Argentina vem para atender a carga da Região Sul.
O abastecimento de energia elétrica via fontes renováveis não controláveis (eólica e solar) e por fontes dependentes do clima (hidráulica e biomassa), precisam de fontes firmes. Essa afirmação é corroborada por estudos feitos na Califórnia pelo EFI e Stanford que cita que "limitações de terreno, e a intermitência das fontes eólica e solar necessitam de energia firme". No Reino Unido, na semana do dia 26 de novembro, térmicas a carvão foram acionadas para garantir a segurança energética quando os preços chegaram a 313 libras/MWh, face a baixa produção das usinas eólicas.
Felizmente, no Sul do Brasil, temos carvão mineral abundante e barato, que contribui com a segurança energética e com a modicidade tarifária, algo que não deve ser esquecido pela sociedade. A diversidade é que dá a segurança.
Presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral
 
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