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Opinião

- Publicada em 04 de Janeiro de 2021 às 16:01

Governo despreparado, população desprotegida

Miguel Salaberry Filho
Nos últimos meses, a pandemia do novo coronavírus precipitou-se como uma avalanche sobre o mundo e provocou mudanças radicais de hábitos e comportamentos sociais, a partir do confinamento social e da paralisação da atividade econômica. As mortes diárias por Covid-19 no Brasil, segundo a média móvel de sete dias, chegaram a 736,43, no dia 24 de dezembro. Caminhamos para a fatídica marca dos 200 mil mortos pela pandemia em 2020.
Nos últimos meses, a pandemia do novo coronavírus precipitou-se como uma avalanche sobre o mundo e provocou mudanças radicais de hábitos e comportamentos sociais, a partir do confinamento social e da paralisação da atividade econômica. As mortes diárias por Covid-19 no Brasil, segundo a média móvel de sete dias, chegaram a 736,43, no dia 24 de dezembro. Caminhamos para a fatídica marca dos 200 mil mortos pela pandemia em 2020.
O Brasil nunca esteve tão despreparado para enfrentar os desafios de uma crise tão profunda quanto inédita. Ao invés de programar ações positivas, o governo federal descumpre as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), e veta o repasse de recursos para a saúde pública, potencializando a crise sanitária.
A pandemia também agravou a crise econômica e do mercado de trabalho: cerca de 5 milhões de brasileiros perderam o emprego, conforme medição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apático e negacionista, o governo não cria estratégias para proteger a população. Nem lidera a indispensável união de forças para enfrentar a gravidade do momento. Embora positivas, as Medidas Provisórias 927 e 936 foram insuficientes para enfrentar a crise do desemprego e da falta de renda.
Assumindo postura positiva, a chanceler Angela Merkel vem buscando unir o povo alemão a partir da atenção precoce e da valorização das medidas de contenção, testagem e rastreio dos pacientes. Agindo assim, Merkel mostrou para todos como uma liderança faz a diferença no combate ao vírus. Exemplos semelhantes são encontrados em outras nações, como a Nova Zelândia e a Coreia do Sul.
A chegada da pandemia apenas agravou a tragédia de um País desigual e excludente, que aceitou desmontar qualquer estrutura de planejamento nacional e federativa. Incapaz de articular as esferas nacionais, o governo não lidera a feitura de testes, nem a instalação de novas unidades de saúde e tratamentos protocolares, assim como a estrutura para a aplicação em massa de vacinas.
Ao contrário, vivenciamos um cenário marcado pelo desmonte do sistema de Ciência e Tecnologia, ataque às universidades, desarticulação do financiamento do Sistema Único Saúde (SUS), além do desmatamento e das queimadas, em uma prática anterior ao surgimento da pandemia.
Não bastasse a baixa consciência coletiva da população brasileira, a falta de uma diretriz correta do governo federal completa o cenário próprio para a instalação do caos social, econômico e sanitário.
Presidente do Sindicato dos Empregados em Clubes e Federações Esportivas do Rio Grande do Sul e Secretário Nacional de Relações Institucionais da União Geral dos Trabalhadores
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