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Opinião

- Publicada em 31 de Dezembro de 2020 às 03:00

Reflexão para novos tempos

Rafael Braude Canterji
Alguns rituais não mudam. Dezembro é o mês de fechar um ciclo e iniciar outro. A modificação, que poderia ser considerada apenas de agenda - ainda que as de papel, tão estimadas por mim, estejam em desuso - acaba por ampliar seus espectros. Avaliações retrospectivas e projeções são realizadas, tanto pessoal quanto profissionalmente.
Alguns rituais não mudam. Dezembro é o mês de fechar um ciclo e iniciar outro. A modificação, que poderia ser considerada apenas de agenda - ainda que as de papel, tão estimadas por mim, estejam em desuso - acaba por ampliar seus espectros. Avaliações retrospectivas e projeções são realizadas, tanto pessoal quanto profissionalmente.
O 2020 poderia ter contagem diversa. As festas de final de ano não devem ter as tradicionais reuniões familiares ampliadas e entre amigos. Os encontros corporativos ganham nova forma.
Tudo isso poderia levar ao pensamento de que não estamos encerrando o ciclo; que isso apenas acontecerá quando houver vacina capaz de nos retirar da experiência pandêmica. Assim, prorrogadas seriam as análises do que passou e do que virá.
Proponho justamente o oposto: reflexões profundas capazes de instrumentalizar mudanças no caminho da felicidade existencial. Para tanto, não há padrão de vida, de vivências nem de felicidade. Temos - ou precisamos ter - as nossas (e não as esperadas pelo senso comum) vidas, as nossas vivências e a nossa felicidade. Buscarmos a nossa essência é fundamental para o bem individual e, consequentemente, coletivo. Se estivermos bem conosco contribuiremos para o bem de todos.
A impressão é de que a proposição seja elementar, mas parece estar distante em uma sociedade de aparências e na qual os comportamentos são pautados pelos conceitos dos outros. Mais do que abraçarmos, explorando as sensações de tato e olfato, preocupamo-nos com o melhor ângulo fotográfico.
Ninguém sairá igual do distanciamento social, que pode, se permitirmos, contribuir para voltarmos a nossa base familiar, de amizade e laboral. Que possamos exercitar o equilíbrio capaz de fazer da caminhada o sentimento de plenitude e não apenas busca por destino que por vezes é distante, inatingível e não necessariamente tão vantajoso.
Façamos das nossas ações o exercício constante da empatia, da resiliência e da verdadeira e natural igualdade entre todos.
Independente do ciclo vivido por cada um, façamos do momento presente a oportunidade para reflexões capazes de instrumentalizar mudanças em busca da felicidade.
Advogado, conselheiro federal da OAB e professor de Direito Penal/PUCRS
 
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