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Opinião

- Publicada em 23 de Dezembro de 2020 às 03:00

Porto Alegre, bondes modernos podem voltar

Porto Alegre deve ter sido a segunda cidade do País a construir corredores para o transporte público - a primeira foi Curitiba, as outras pistas exclusivas para ônibus foram construídas depois (São Paulo e Rio de Janeiro e outras cidades).
Porto Alegre deve ter sido a segunda cidade do País a construir corredores para o transporte público - a primeira foi Curitiba, as outras pistas exclusivas para ônibus foram construídas depois (São Paulo e Rio de Janeiro e outras cidades).
Os corredores de ônibus de Porto Alegre - implantados em período administrativo (1975-1983), da Prefeitura Municipal - foram concebidos a partir das ideias dos urbanistas Jayme Lerner, Jorge Guilherme Francisconi - além de Haag, Veríssimo do Amaral, Skolaude, da administração local, dentre outros.
Embora tivessem, os corredores, por objetivo dar prioridade, no trânsito, ao transporte coletivo, e por isso, aos passageiros de ônibus, não foi fácil sua implantação - o que só foi possível após ampla campanha de publicidade.
Visaram, os corredores, à utilização de ônibus de grande porte (tipo sistema Bus Rapid Transit (BRT)) e transbordo de passageiros para os bairros em ônibus menores. Sua implantação não foi fácil. Houve protestos por usuários dos ônibus, não acostumados com as baldeações. Implantado no corredor da Avenida Bento Gonçalves, após, uma administração populista liquidou o sistema.
De qualquer forma, os corredores tinham, na visão da administração de então, um objetivo futuro. O sistema implantado tinha prazo de validade. O petróleo iria gradativamente, até por questões de meio ambiente, extinguir o tipo de combustível utilizado pelos ônibus. Restaria a energia elétrica como sucedâneo bem mais em conta.
Na época, e até hoje, há quem tenha devaneios relacionados com a implantação de um metrô em Porto Alegre. Seu provável custo anda em torno de US$ 30 a 50 milhões por quilômetro, segundo o Banco Mundial (em se tratando de terreno com altos lençóis freáticos, é possível estimar, no mínimo, em o dobro essa estimativa).
Todavia, na concepção da administração municipal da época, os corredores de ônibus estariam, assim, preparados para a utilização de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) - bondes modernos, acoplados em diversos vagões, à semelhança dos existentes em países europeus. Seu custo de implantação - diferente dos de um metrô - é o de colocação de trilhos e redes de eletricidade.
Isto posto, numa brincadeira poderia se dizer: olha! Lá vêm os novos bondes! Certamente, atrás deles virão "caranguejos" - sempre contra tudo. Os mesmos que impediram a expansão, em Porto Alegre, do Aeromóvel do saudoso Oskar Coester.
Ex-prefeito de Porto Alegre (PP)
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