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Opinião

- Publicada em 22 de Dezembro de 2020 às 03:00

Meu amigo Manuel

Tenho um amigo chamado Manuel. Nós dois tivemos a oportunidade de crescer em famílias trabalhadoras, com valores sólidos e que nos proporcionaram uma educação de qualidade. Quando pequenos, fomos ensinados que nossas conquistas não caíam do céu e não eram concedidas como caridade por ninguém, mas sim oriundas do árduo trabalho de nossos pais, após muitos anos fazendo economias para nos proporcionarem vidas mais dignas.
Tenho um amigo chamado Manuel. Nós dois tivemos a oportunidade de crescer em famílias trabalhadoras, com valores sólidos e que nos proporcionaram uma educação de qualidade. Quando pequenos, fomos ensinados que nossas conquistas não caíam do céu e não eram concedidas como caridade por ninguém, mas sim oriundas do árduo trabalho de nossos pais, após muitos anos fazendo economias para nos proporcionarem vidas mais dignas.
Eu e Manuel divergimos rispidamente sobre o resultado da última eleição para a prefeitura de Porto Alegre. Eu, feliz com a derrota do comunismo; ele, inconformado. Manuel teve, ao longo da vida, todos os meios disponíveis de acesso à informação para conhecer o perverso e desumano histórico das práticas comunistas e socialistas em todas as partes do mundo - mas ele prefere desfrutar das benesses do capitalismo sem abrir mão de sua militância, já que adora frequentar um bom restaurante, ter um smartphone novinho, utilizar o transporte via aplicativo e proferir discursos sórdidos nas redes sociais.
A candidatura comunista porto-alegrense teve o apoio de mais de 300 mil Manuéis que declararam, por meio de seus votos, que o comunismo seria a melhor opção. Dados e fatos reconhecidos de ideologias que impõem um tolhimento das liberdades individuais e o planejamento centralizado da sociedade, e que contabilizam a morte e a pobreza de dezenas de milhões de pessoas ao longo da história, parecem não ser suficientes para aqueles que veem a liberdade alheia como uma ameaça.
Um dos principais argumentos da esquerda é que a pobreza é uma virtude, e que o capitalismo exclui os mais miseráveis. Ora, não há dignidade alguma na miséria, e a superioridade do capitalismo sobre o socialismo é indiscutível: desde 1990, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo foram retiradas da pobreza extrema por meio de sistemas de trocas voluntárias e livre comércio, em que as massas têm seus problemas solucionados pela livre-iniciativa de cidadãos criativos e por trabalhadores.
O ressentimento e o ódio que o comunismo e o socialismo injetam em Manuel, disfarçados de altruísmo ou autossacrifício, contra quem entende que a liberdade é o único meio de prosperarmos na vida, acabam se tornando um amargo veneno contra a sua independência intelectual e contra a busca da felicidade pelos seus próprios meios. Pelo bem da humanidade, esperamos que os Manuéis sejam sempre minoria.
Empreendedor, associado do IEE e diretor da ACPA
 
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