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Opinião

- Publicada em 17 de Dezembro de 2020 às 03:00

Soluções ou ignorar realidades?

A pandemia intensificou a necessidade de atenção à assistência psiquiátrica pelos evidentes e expressivos impactos gerados por ela em diferentes questões da vida humana. O atual cenário afetou a saude mental de bilhões de pessoas no mundo.
A pandemia intensificou a necessidade de atenção à assistência psiquiátrica pelos evidentes e expressivos impactos gerados por ela em diferentes questões da vida humana. O atual cenário afetou a saude mental de bilhões de pessoas no mundo.
Nas últimas decadas, foram obtidos avancos na redução do estigma em relação à doença psiquiátrica. A sociedade vem percebendo a relevância dos cuidados com a saúde mental, conforme a demanda de qualquer área da Medicina. Porém, o sistema público de saúde oferece muito menos do que e necessário a essa especialidade e, assim, a desasistência ocasiona desdobramentos tr[agicos, principalmente, no que tange à tradicional falta de leitos.
O Rio Grande do Sul conta com uma instituição que é referência em saúde mental e reúne equipe extremamente qualificada e é destaque na formação de médicos psiquiatras e outros profissionais. O Hospital Psiquiátrico Sao Pedro (HPSP), que possui mais de 140 leitos, muitos deles especializados (algo raro no País), a exemplo do atendimento às criancas, aos dependentes químicos e às gestantes com indicação para internação hospitalar transitória, contempla mais de 80 municípios gaúchos que têm o HPSP como alternativa para o encaminhamento de pacientes.
Infelizmente, o governo do Estado ignora realidades, rejeita o diálogo e não efetiva soluções em prol desse hospital. Em meio à pandemia, ocorre fechamento de unidades e de leitos, diminuição do quadro de profissionais e enfraquecimento da estrutura da instituição. Trata-se de um cenário oposto à demanda de cerca de 200 pacientes que aguardam leito psiquiátrico na Central de Regulação de Leitos. Com o quadro alarmante e momento histórico da saúde, não há explicação para extinguir alas essenciais, como a de Dependencia Química do São Pedro, e isso reflete perdas imensuráveis à saúde e à sociedade.
Lamentavelmente, o desmonte do HPSP significa ocultar o tamanho do desafio à garantia da assistência psiquiátrica aos cidadãos que mais precisam. Defendemos atenção merecida à saúde mental.
Diretor e Coordenador do Nucleo de Psiquiatria do Sindicato Medico do RS
 
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